O dom de escrever


É um dom maravilhoso: a arte de expressar o sentimento
Do poeta embriagado por algo que sobe ao seu pensamento.
Ele exercita seu talento
E escreve na hora dentro de casa ou ao relento.

O desejo de escrever é como uma planta com rebento:
Às vezes nem sempre os botões vingam cem por cento.
Mas toda poesia tem certo intento:
Trazer n'alma do leitor um certo acalento!

Às vezes alguma leitura é espalhada pelo vento
Pois nem toda semente deixa o lavrador contente.
Com o poeta também nada é diferente:
Como poderá a mesma obra agradar toda gente?

Meus colegas escritores: Se sua obra for criticada
Ou até mesmo difamada,
É sinal de que alguém não gostou
E o segredo não guardou!

Mas tem crítica construtiva
Que devemos acatar sem alternativa
E, como sinal de humilhação,
Passar a fazer a correção!

Mas continue sempre escrevendo
E este dom vá exercendo:
Prossiga. Todavia sempre agradecendo
Ao Deus que do alto nos está vendo.


Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO



Fundo Musical: Nocturne Op. 9 Nº 2 - Chopin
 
 
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