As cigarras


Nascem de ovos postos em galhos
Que caem no solo como frangalhos
Após nascer vive sob a terra
Lutando pra vencer como alguém na guerra

Nas primeiras semanas de primavera
Inicia-se a sinfonia das cigarras belas
É a voz do macho em destacamento
Pra atrair a fêmea pra o acasalamento

Canta... canta... durante o verão
Muitos tem pelo seu canto predileção
Às vezes sem mosca ou vermes para alimentar
Mesmo com fome continua a cantar

A natureza não pode errar
Fez cada coisa em seu lugar
Pois a cigarra que vive a cantar
Morre imediatamente após copular.

A vida da cigarra parece ínfima
Pois saem da terra em forma de ninfa
Para tornar adulta e logo morrer
É só acasalar acabou seu viver


Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 08/01/2005


 
 
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