Umbanda: Texto: Lenda de Xangô
 


Lenda de Xangô

Xangô era rei de Oió, o mais temido e respeitado de todos os reis.

Mesmo assim, um dia seu reino foi atacado por uma grande quantida-de de guerreiros que invadiram a cidade violentamente, destruindo tudo e matando soldados e moradores numa tremenda fúria assassi-na.

Xangô reagiu e lutou bravamente durante semanas.

Um dia, porém, percebeu que a guerra tornara-se um caminho sem volta.

Já havia perdido muitos soldados e a única saída seria entregar sua coroa aos inimigos.

Resolveu então procurar por Orunmilá e pedir-lhe um conselho para evitar a derrota quase certa.

O adivinho mandou que ele subisse uma pedreira e lá aguardasse, pois receberia do céu a iluminação do que deveria ser feito.

Xangô subiu e quando estava no ponto mais alto do terreno foi toma-do de extrema fúria.

Pegando seu Oxê, machado de duas lâminas, começou a quebrar as pedras com grande violência.

Estas ao serem quebradas, lançavam raios tão fortes que em instan-tes transformaram-se em enormes línguas de fogo que, espalhando-se pela cidade, mataram uma grande quantidade de guerreiros inimigos.

Os que restaram, apavorados, procuraram os soldados de Xangô e renderam-se imediatamente pedindo clemência.

Levados até ao rei, os presos elegeram um emissário para servir-lhes de porta voz.

O homem escolhido foi logo se atirando aos pés de Xangô.

Desculpou-se pedindo perdão.

Humilhando-se, explicou que lutavam, não por vontade própria, e sim forçados por um monarca, vizinho de Oió, que tinha um grande ódio de Xangô e os martirizava impiedosamente.

Xangô, altamente perspicaz, enxergou nos olhos do guerreiro que ele falava a verdade e perdoou a todos, aceitando-os como súditos de seu reino.

Assim tornou-se conhecido como o Orixá Justiceiro que perdoa quando defrontado com a verdade, mas que queima com seus raios os mentiro-sos e delinquentes.

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