Noites De Inverno
Em rústicas cadeiras, na invernia, 
Sentados, bem defronte da lareira, 
A família conversava, a noite inteira, 
E o cão, no chão deitado, se aquecia. 
 
Havia paz, amor, tanta harmonia 
Que a luz da forte chama da madeira, 
Crepitava na amena cavaqueira, 
Lançando, em pirilampos, poesia. 
 
Meu tempo de invernia já passou, 
Aquele frio de gelo, terminou, 
Surgiu a primavera, finalmente. 
 
Com minha mulher, e muito amor, 
Encontrei, na vida, outro calor 
Pra confortar minha alma, tão carente. 
 
António Barroso (Thiago) 
Portugal 
 
  
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