Fera cansada


Neste combate distante,
De cenas que pareciam não ter fim,
O duelo ora determinante,
Decretou o futuro sem volta, em mim.

A Fera mais enrijecida...
Aos golpes baixos recebidos,
Não se dará por vencida,
Nem agora, nem em tempos idos.

Cansada... Sim. Ainda atordoada.
Lambendo feridas não cicatrizadas.
Cansada... De sofrer calada.
Hoje urra a fera, às almas fechadas.

Não há lágrima, não há entendimento.
Não se percebe quem necessita.
Não há sorriso, não há discernimento.
De quem o sofrimento alheio evita.

Mas mesmo só, a fera urra seu ser.
Pois o egoísmo mudo de tantos, recordará.
Cansada...De se dar, de oferecer.
E em troca pouco receber.

Nany Schneider
Curitiba - PR -
06/01/2007 - 02:18 hs


 
Fundo Musical: Fera Ferida
 

 

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