Rio Nilo

Rio Nilo

O Egito é uma dádiva do Nilo
Um Rio que parece manso e tranquilo
Mas, não era assim, com as cheias suas margens inundavam,
E tudo que estava próximo para dentro ele arrastava

No entanto tempos depois as águas baixavam
E um fertilizante na terra deixava
Era aí que o milagre aparecia
E tudo que plantava o povo colhia

Os povos nômades voltavam
E às margens do Rio se fixavam
A partir daí uma civilização próspera se originava
E pelo milagre do Nilo o povo alimentava

A estação mais difícil era quando ceifavam
Pois instrumentos rudes eles usavam
Como lâminas de sílica e foice de madeira
Numa rede em lombos de burros as espigas iam pra eira

O grão era levantado para o ar com pás e forquilha de madeira
Depois de medido e ensacado colocado num celeiro
Naquela época já pisavam a uva fazendo sair o mosto
Com a benção do Nilo produziam vinho de bom gosto

Até um século e meio atrás não sabiam onde o Nilo nascia
Enfim dois ingleses numa aventura descobriam
Que no Lago Tanganica e no Vitória eram onde o Rio nascia
Que ali eram as montanhas da lua os africanos assim diziam

O Nilo é o mais longo Rio africano
Que por mais de seis mil quilômetros suas águas vai levando
Num vale fértil às portas do deserto
Corre o Nilo banhando as cidades dos faraós ali por perto

Mas o Nilo também tem sofrido com os jacintos ali crescidos
É uma planta tão bela que aos pescadores tem perseguido
É o problema ecológico mais grave do Egito
Esta planta que se desenvolve num ritmo quase infinito.

Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 14/05/2004
O autor retrata sua viagem ao Egito em 1996



Formatado para o Poeta Valeriano, com
carinho e admiração, em 23/06/2008
Carlos Roberto

 
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