Hipócrates

 
Hipócrates

Considerado o pai da medicina
Cuja profissão a tantos fascina
Se voltássemos hoje a época deste Patriarca
Para os nossos padrões a medicina era fraca

Viveu Hipócrates de Cós...
Na Grécia numa época algoz
Que para os gregos escravos não era gente
Dentre várias classes desprezavam os indigentes

Mas no meio da Polis cega
Hipócrates fez surgir certas regras
Para que o médico no exercício da profissão
Tratasse até os miseráveis como cidadão

A vida humana deveria ser respeitada
Nenhuma criatura discriminada
Rejeitou a doença como concepção sobrenatural
Mas que toda doença tem uma causa natural

Há! se Hipócrates pudesse voltar
O que falaria do DNA?
E do conhecimento do GENOMA HUMANO...
Cujo estudo cresce ano a ano

Como grego certo conhecia o Alfa e o Beto
Porém jamais pensou que com quatro letras
Formariam o alfabeto da vida
As letras ATCG tão difundidas

Hipócrates fincou o pilar
Da arte de curar
Pela palavra, pelo contato e pelas mãos...
Mas, para o médico há momento que só resta a intuição,

Hipócrates dizia que o corpo é um todo que vive em harmonia
E que as partes se mantêm numa dependência mútua todos os dias
E que cujos atos são solidários uns com os outros
Quem dera na vida fossemos solidários com aquele ou aqueloutro

Ele dizia que o médico tem que contar
Com uma força vital curativa que há
E que não é o médico que cura a doença
Mas que ele deve ser seu intérprete com proficiência

Existe um parentesco afinal...
Entre a medicina de Hipócrates e a atual
Em quatrocentos e sessenta a.C. ele nasceu
Um dia ele morreu, mas seu legado permaneceu.

Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 12/07/2005

Juramento de Hipócrates (Original)

“Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e to-mo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cum-prir segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue:

Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte;

Fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens;

Ter seus filhos por meus próprios irmãos;

Ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito;

Fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do en-sino meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos se-gundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém.

A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um con-selho que induza a perda.

Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abor-tiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; dei-xarei essa operação aos práticos que disso cuidam.

Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.

Àquilo que no exercício ou fora  do exercício da profissão e no con-vívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sem-pre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o con-trário aconteça.”

 Hipócrates



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