Recebi do Poeta Valeriano no dia 04/07/2005

Amácio Mazzaropi

Valeriano Luiz da Silva

 

Fez lembrar de Carlitos da época do cinema mundo

Nosso personagem Mazzaropi que nos filmes fez quase de tudo

Ele trabalhou da década de sessenta

Até a década de oitenta

 

Era caipira simples, não trajava com gala,

Como você pode ver no Filme Jeca e o Bode que fala

Aqui ele é um caipira que foi trabalhar na cidade grande

Onde a modernidade constantemente se expande

 

Lá ele se atrapalha todo com um mundo diferente

E quase que se perde em meio a tanta gente

Assusta-se com elevador e a escada rolante

Mas conquista as pessoas por ter um bode falante

 

Nos seus filmes raramente aparecia vestido a rigor

Mas a maior parte do tempo vestia como homem simples do interior

Sua mobília era uma bagatela

Usava a famosa "pula-brejo", calça que acabava antes da canela,

 

Vestia camisa xadrez em todos os filmes sem falha

E sempre estava usando seu famoso chapéu de palha

Puxava o "r" em suas falas

Tinha uma espingarda estranha sem bala

 

No circo começou como ajudante de faquir

Mas, o seu grande sonho era ser ator no porvir...

De nascimento foi paulistano

Mas por adoção Taubateano

 

Foi na terra de Monteiro lobato

Que ocorreu com Mazzaropi a maioria dos fatos

Mas o Jeca Tatu de Monteiro Lobato

Não era engraçado como o do Mazzaropi nem de direito nem de fato

 

Mazzaropi era um artista esperto

Mas por ser um homem irrequieto

Descobriu que sua fama enriquecia a produtora

Então criou a sua própria sem demora

 

Daí criou o filme Chover de Praça

E mostrou ao mundo sua garra e sua raça

Para isso teve que vender quase todos os bens que possuía

A fim de arregimentar uma boa quantia

 

Seu amigo lhe procurou...

E onde funcionavam os estúdios ele comprou

O Hotel Mazzaropi seu amigo lá instalou

Em homenagem ao Artista um Museu lá ele crio

 

Mais de seis mil peças estão guardadas no Museu

Em mil novecentos e oitenta e um Mazzaropi morreu

Mas seu nome na história já está gravado

E em todo o Brasil seu nome é falado

 

Anápolis – Go, 04/07/2005

valerianols@globo.com

www.albumdepoeta.com



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