Prestando mais atenção

Recebida em 10/03/2010


Se alguém lhe perguntasse, agora, com que roupa seu marido saiu de casa esta manhã, você saberia?

É interessante como, embalados pela rotina da vida, deixamos de prestar atenção em coisas importantes, ou seja, nos nossos tesou-ros mais valiosos. As pessoas que amamos.

O casal Estrada aprendeu a lição da maneira mais difícil.

Certo dia, o marido saiu para fazer sua caminhada. Entrou em sua caminhonete Chevrolet e partiu.

Mais ou menos 50 minutos depois, um policial batia à porta da casa de Herlinda Estrada.

O policial lhe perguntou qual era o nome do seu marido e qual era o carro que ele dirigia.

E, então, lhe informou que seu marido havia sofrido um ataque cardíaco e estava hospitalizado.

Extremamente transtornada, ela literalmente voou até o hospital, que ficava perto de sua casa.

Atendida tão logo se apresentou, descobriu que chegara tarde de-mais. Seu marido havia morrido.

Em prantos, acompanhada pelo mesmo policial que fora à sua casa, ela foi identificar o corpo.

Voltou para a sala de espera e pediu ao policial que desse os pri-meiros telefonemas, avisando a família e amigos.

Pouco depois, pessoas começaram a chegar. E trinta minutos de-pois, a pessoa menos esperada chegou: o próprio senhor Estrada.

Quando viu o marido, Herlinda se pendurou em seu pescoço, aos gritos: Você está vivo! Eles disseram que você tinha morrido!

Todos os parentes, amigos, funcionários do hospital presentes não estavam entendendo nada.

Com calma, tudo ficou elucidado.

Enquanto o Sr. Estrada fazia sua caminhada, outro homem sofrera um infarto.

A equipe de emergência e a polícia foram chamadas, mas não en-contraram nenhuma identificação no homem.

A única pista era um chaveiro da General Motors que o policial ex-perimentou nas portas dos veículos GM estacionados na área.

As chaves, como se vê, abriram o veículo errado. O do Sr. Estrada, que assim foi identificado porque seus documentos estavam o car-ro.

E como Herlinda identificou o corpo errado?

Ela disse que estava fora de si. O corpo estava com fita crepe nos olhos e na boca. Nem conseguiu verificar se o homem tinha bigode.

Ela olhou os pés, as mãos, a cor do shorts, os tênis. Pareceram ser de seu marido. E assim o identificou.

Como o Sr. Estrada chegou ao hospital?

Também muito simples: ao chegar em casa, recebeu um telefone-ma da esposa de seu patrão que, quando ouviu a voz dele ao telefone, exclamou:

Meu Deus! Se você está aí, então foi Herlinda quem sofreu o ata-que cardíaco!

Que confusão, não é mesmo?

Assim, enquanto o casal voltou abraçado para casa, o policial vol-tou para a pista, no parque.

Ali encontrou uma mulher que procurava o marido: era a viúva ver-dadeira.

Depois daquele dia, o casal Estrada mudou muitas coisas em sua vi-da, passando a prestar muita atenção um no outro.

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Por vezes, um fato dramático como o narrado, nos tira da modorra, da apatia com que levamos nossos dias.

Uma verdadeira sacudidela para passarmos a prestar mais atenção nos seres que amamos.

Nesses seres sem os quais tudo o mais que tenhamos deixa de ter importância: a casa, o carro, as jóias, as viagens...

Pensemos nisso e comecemos a olhar com novos olhos essas criatu-ras que são a razão das nossas alegrias: os nossos amores.

Comecemos hoje. Agora.

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Você conseguiria dizer com que roupa seu filho saiu de casa há pouco?

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Redação do Momento Espírita com base em texto
das págs. 82/85 do livro Pequenos milagres, de Yitta Halberstam
e Judith Leventhal, 4. ed., ed. Sextante.

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Redação do Momento Espírita
www.reflexao.com.br

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