Saudades

Recebida em 30/07/2009


De todas as dores da Humanidade, possivelmente a mais aflitiva seja a que se constitui na separação dos afetos pelo fenômeno da morte.

Embora todos saibamos que a morte é a etapa final dos que vivem na Terra, não nos preparamos para recebê-la. Eis porque ela sem-pre nos surpreende, esfacelando-nos o coração em tortura moral.

Para os que acompanham o féretro até o que se denomina a última morada do corpo, o momento deveria ser de sérias reflexões.

O que existe afinal, para além do túmulo? Para onde vão as almas dos que se foram abraçados pelo sono da morte? Como diluir a dor da separação?

Que existe vida além desta existência já foi suficientemente com-provado.

Seja pela revelação religiosa que, desde tempos imemoriais se re-fere ao Espírito imortal, seja por ramos da ciência médica e psico-lógica que apresentaram estudos variados, concluindo pela existên-cia de um mundo invisível, onde vivem os que deixam o corpo car-nal.

Jesus, o Mestre Excelso, provou mais de uma vez que a morte é uma ilusão dos sentidos físicos. No Tabor, ao se transfigurar, frente aos olhares atônitos de Pedro, Tiago e João, apresenta-se tendo ao lado direito e esquerdo as figuras veneráveis do Legislador Hebreu Moisés e do Profeta Elias.

Ora, ambos tinham vivido entre os hebreus há muitos séculos. Con-tudo, ali se apresentaram tão vivos, que Pedro cogitou de erguer tendas para que eles as habitassem, ali mesmo no Monte Tabor.

Jesus, após Sua morte na cruz, apresentou-Se aos apóstolos e aos discípulos várias vezes, em ambientes fechados e ao ar livre, de-monstrando que prosseguia vivo.

Os que morrem continuam vivendo, no mundo que lhes é próprio, o espiritual, que somente não detectamos pela grosseria de nossa vi-são material.

Temos a prova de que prosseguem vivos, nos sonhos em que com eles nos encontramos, trocamos confidências, amenizamos as sau-dades.

Essas são as experiências individuais de todos nós.

Apesar de tudo, a saudade se alonga nos dias, tanto mais forte quanto mais se demoram os meses e se amontoam os anos.

Por isso, somente a oração pode amenizar a longa saudade. Quan-do oramos a Deus pelos que partiram, eles nos sentem as vibra-ções, quais se fossem abraços de carinho e, na mesma intensidade, os retribuem, pelos fios do pensamento.

Um dia, logo mais, haveremos de nos reencontrar na Espiritualida-de, quando transpusermos os umbrais da morte.

Então, diremos adeus aos que permanecem para recebermos um Olá, você chegou! dos que nos precederam e nos vêm receber no portal da tumba.

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Existem inúmeros livros que falam da vida para além desta existên-cia.

O Dr. Raymond Moody Jr. escreveu livros acerca de suas investiga-ções do fenômeno da sobrevivência à morte física.

São relatos de criaturas que tiveram experiências de quase morte e retornaram contando do que ouviram, dos seus contatos, testemu-nhando pois que a vida não se encerra no túmulo.

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Redação do Momento Espírita
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Fundo Musical: Moonlight Sonata No.14 (Harp Version) 1st Movement
- Ludwig van Beethoven
 

 
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