O nó do afeto

Recebida em 16/03/2012


Em uma reunião de pais, numa escola da periferia, a diretora in-centivava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comu-nidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.

Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana.

Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda es-tava dormindo. Quando voltava do serviço era muito tarde e o ga-roto não estava mais acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o susten-to da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angus-tiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.

E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.

Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado.

O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocio-nante.

E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazer presente, de se comunicar com o filho. Aquele pai encontrou a sua, simples mas eficiente.

E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos do principal, que é a comunicação através do senti-mento.

Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.

É válido que nos preocupemos com os nossos filhos, mas é impor-tante que eles saibam, que eles sintam isso.

Para que haja a comunicação é preciso que os filhos “ouçam” a lin-guagem do nosso coração, pois em matéria de afeto os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que rou-bou o colo, o medo de escuro.

A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor.

Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.

E você? Já deu algum nó afetivo no lençol do seu filho hoje?

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Pense nisso!

Se você é um desses pais ou dessas mães que realmente precisam se ausentar do lar para prover o sustento da família, lembre-se que você pode encontrar a sua própria maneira de garantir a seu filho a sua presença.

Você pode encontrar um jeito de dizer a ele o quanto ele é impor-tante na sua vida e o quanto você o ama.

Mas lembre-se da linguagem do coração. Dessa linguagem que pode ser sentida, apesar da distância física.

E procure apertar os laços do afeto, pois estes são os verdadeiros elos que nos unem aos seres que amamos.

Pense nisso, mas, pense agora!

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Texto recebido pela Internet, sem menção a autor
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Redação do Momento Espírita

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