Antigas amarguras


O dia, Amor, nunca morre...
Simplesmente finge partir para
renovar o prazer do retorno.

É como teu olhar, que se disfarça
em tristeza para aprisionar meus
lábios...

Na vida nunca estamos sozinhos,
nos acompanham sempre os ventos
frios da saudade...

... as lágrimas dos que se foram ou
as estrelas, que à noite se calam na
esperança vã de melhor entenderem
o que prometem os amantes.

Vida e tristeza se confundem na cruel
indefinição do amor!

É nela que a angústia se refugia para nos
envolver nas lacônicas tardes de inverno...

... e a música, que melodiosa nos chega, traz
em cada acorde a confirmação das ilusões
apaixonadamente vividas.

Meu coração, Amiga, só tem guardado antigas
amarguras e fica, quase sempre, a triste certeza
do amor impossível...

Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ - 22/09/2005



 

 

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