Dr. Bezerra De Menezes
 
 
Recebi em 04/07/2006
 

Fontes consultadas:
"
Vida e obra de Bezerra de Menezes", de Sylvio Brito Soares
"
Grandes Vultos do Espiritismo" - Zêus Wantuil
Jornal "
Manhã de Sol" - ed. 1977 - Fortaleza - CE
Jornal Palavra Espírita - Abril/2000
Site: Universo Espírita

 


Dr. Bezerra de Menezes
122 ANOS DA DESENCARNAÇÃO
(1900-2022)

No dia 11/04/2005 fez 105 anos de sua volta à Pátria da Verdade...

Em conhecida obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", conta-nos o Espí-rito Humberto de Campos um importante episódio ocorrido no pla-no espiritual que nos possibilita dimensionar e compreender o pa-pel que desempenhou Adolfo Bezerra de Menezes, em terras brasi-leiras.

Assim relata o Autor espiritual:

"Há mais de um século, brilhante assembleia de Espíritos se reuniu no Espaço, sob a direção do anjo Ismael.

Foi então exposta a missão futura do Brasil na divulgação do Evan-gelho, que seria iluminado por uma nova Revelação.

Em dado instante, o Mensageiro do Senhor se aproxima de um de seus discípulos e fala-lhe mais ou menos assim: - Descerás às lutas terrestres, com o objetivo de concentrar as nossas energias no País do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços.

Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de ati-vidades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração".

Em cumprimento a esse desiderato, o missionário veio ao plano material, sob o nome de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, a 29 de agosto de 1831.

Foram seus pais, Antônio Bezerra de Menezes e Fabiana de Jesus Maria Bezerra, de formação cristã, residentes na fazenda Santa Bárbara, próximo ao riacho das pedras, no antigo município de Ria-cho do Sangue, atualmente, dividido em dois municípios denomina-dos Solonópole e Jaguaretama, no Ceará.

Foi médico humanitário, administrador público e político honesto e, graças ao seu empenho e dedicação à causa pública, granjeou a confiança e a simpatia de seus superiores e subalternos.

Quando desencarnou, a 11 de abril de 1900, o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes recebeu honras do reconhecimento popular e oficial pelo pronunciamento do consagrado poeta e teatrólogo Artur de Azevedo, através do jornal "O Paiz", como também o testemunho do político Honório Gurgel, na sessão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 16 de abril, vazado nos seguintes termos: "Vi-o sempre correr pressuroso ao tergúrio do pobre, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto da sua palavra de bondade, o recurso da sua ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa".

Não fora sem motivo que o chamavam de "O Médico dos Pobres".

Sua contribuição ao movimento espírita foi grande e decisiva para que a expansão da ideia espírita se espalhasse por todos os qua-drantes do território brasileiro.

Sua ação teve início, com quase 45 anos, quando em 1875, leu pela primeira vez O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, através das mãos de seu amigo e tradutor, Dr. Joaquim Travassos.

A partir daí, não parou mais: foi responsável pela coluna espírita no jornal "O Paiz", sob o pseudônimo de Max, no período de 1887 a 1894; tomou parte nos trabalhos administrativos e doutrinários da Federação Espírita Brasileira (fundada em 1894), tendo sido eleito seu presidente em 1889 e vice-presidente, por duas gestões, em 1891 e 1893.

Suas metas foram claras no campo da união da família espírita bra-sileira, por isso, fora sempre defensor e trabalhador incansável na tarefa de união dos espíritas e no trabalho de unificação do movi-mento doutrinário para torná-lo uno e fortalecido, tendo como pla-taforma básica o que chamava de tríplice força moral: União, Mé-todo e Trabalho.

Bezerra de Menezes deixou inúmeras obras publicadas.

Tanto nos livros, como em seus artigos em revistas e jornais sem-pre conduziu para uma militância esclarecida e honesta.

Em artigo no "Reformador" proclamava: "Propagar o Espiritismo por toda a parte, sim; mas propagá-lo com o respeito e o acatamento que requer o ensino da divina Revelação".

Diante de tão elevada grandeza moral, é justo que reverenciemos sua memória com especial carinho, fazendo nossas as palavras de Casimiro Cunha, que, em Vassouras - MG (1902), compôs um lindo poema intitulado "Bezerra de Menezes", encerrando-o assim:
"E ouço uma voz dizer no eterno templo:
Feliz aquele que seguir-lhe os passos,
Feliz aquele que seguir-lhe o exemplo
".

Pense Nisso. Pense Agora.
 


 
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