À Minha Musa
Teu cabelo sedoso escondendo teu rosto 
Teus lábios finos num sorriso bem aberto 
Fazem-me perguntar, quem aí terá posto, 
Em minhas mãos, ser assim, tão discreto.  
 
E, é dessa descrição, que fazes a tua vida 
A ninguém perturbando, inda que carinho 
Às vezes precises, que a vida te é devida 
Rosas, sândalos, ungidos em rosmaninho.  
 
Musa d´todos os vates, soubeste escolher, 
Quem teimou, dentro de ti, lá permanecer, 
Contra tudo e contra todos, assaz lutando.  
 
Sempre comigo e com meu pobre coração 
Em salva de prata serves-me a inspiração, 
E em poemas, versos, odes, vou cantando.  
 
Jorge Humberto 
Santa Iria da Azóia - Portugal - 06/12/2007 
 
  
 
*Por decisão do autor, o texto está escrito de 
acordo com a antiga ortografia.  |