A Dona Do Meu Coração
Flamejantes desejos que em mim despertas 
Vespertinas horas de tardes incandescentes 
Que pela noite entram, de madrugadas cobertas, 
Meus anseios mais profundos e decentes..  
 
Flamância de anelos com que me alimentas 
E aquietas os meus dias cobertos de fragor 
Revérbero solstício de verão com que adentras 
Reluzentes manhãs, de charme e de amor.  
 
Quem dera que tudo isso não fosse só um sonho 
Misticismo e devoção; de ofício certo 
Apaziguado por açucenas e flores de medronho.  
 
Vigoroso olor que a chuva traz e deita no chão 
Fragrâncias dispersas que caem aqui por perto 
Pois que tu és mulher a dona do meu coração.  
 
Jorge Humberto 
 Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 26/06/2007 
 
  
 
*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com 
a antiga ortografia.  |