O 
Motivo
Quando há, dentro de nós, um santuário 
De tantas emoções que nos percorrem, 
São esses sentimentos relicário 
De que os poetas todos se socorrem. 
 
À fantasia e ao sonho imaginário, 
Dedico mil poemas que me ocorrem, 
A uns dou vida, em forma de diário, 
Porém uns vão passando, depois morrem. 
 
Queres que te defina o belo, a vida, 
Este ar que me rodeia, a dor sentida, 
A flor que brilha, o sonho que eu abraço! 
 
São momentos fugazes que a alma abriga 
Por isso, não me peça, que eu vos diga 
A quem dedico os versos qu'inda faço. 
 
António Barroso (Thiago) 
Portugal 
 
  
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