Divagando


Depois de tanto pisar, neste chão seco e arenoso,
Onde os pés dilaceram com a falta de sentimentos,
A boca seca pela falta de um amor inteiro,
A visão engana em miragens de respeito humano...
Pego-me a divagar por um mundo sem torturas...
Onde o verde da esperança encha pastagens sem fim,
Onde o canto dos pássaros traga palavras doces de se ouvir,
Onde o algodão das nuvens lembre carinhos sem par.
Onde o colorido das flores, enfeite um sonho de amor.

Divagando continuo, chorando, pedindo, rogando...
Onde estão aqueles sonhos tão lindos de outrora?
Divagando empurro os pés, a uma procura perdida.
Onde deixei a esperança de ser alguém que tivesse uma vida, enfim?
Ah... Quanto divago em lembranças...
Lembranças que não voltam mais...
Lembranças que trariam de volta, aquela vida querida.

Então, continuo a divagar... A ouvidos surdos em prantos...
Contando destroços de planos, sonhos, saudades.
Divago sim meu amigo... É o que me resta fazer...
Não pense que isso é loucura, pois divagando a espanto.
Não pense que são palavras soltas, pois prendem-me a esse chão.
Ao divagar ainda sinto... Apesar de muito distante,
Uma prece, um alento, a sombra de um bem querer.

Nany Schneider
Curitiba - PR - 30/04/2005 - 06:53 hs


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