Uma homenagem ao meu filho
e a todos os médicos do mundo.
Obs. E logo após a poesia Medicina, leia a
Crônica em homenagem ao filho Médico
Medicina
Tudo começou com Hipócrates numa época milenar
Que tirou das mãos dos deuses a arte de curar
E passou às mãos dos homens o que aos médicos é peculiar
Desde então a medicina só veio a prosperar
Ganhou um motor possante no século que se findou
Para o bem da humanidade novas fórmulas foram alcançadas
Houve muitas descobertas e o homem muito pesquisou
Centenas de drogas às farmácias nos últimos anos têm
chegado
Com elas tem nocauteado bactérias terríveis
Trazendo no rosto do enfermo uma nova de alegria
Muitas doenças surgiram trazendo sofrimentos horríveis
Mas a medicina de hoje é uma grande maravilha
Se o poeta Castro Alves vivesse em nossos dias
Certamente de sua tuberculose ele se curaria
Com o surgimento da anestesia o enfermo tem menos dor
Uma cirurgia mais prolongada pode fazer o doutor
Vieram métodos sofisticados de gerar filhos com perfeição
Tiveram sucesso os transplantes que ninguém acreditava
Um bom médico pra salvar vidas usa até a intuição
O sacerdócio iniciou-se na Escola quando anatomia estudava
Com a bagagem da semiótica eles descobrem as doenças
Tanto aquelas clínicas como as carentes de cirurgia
Aí o estudante já tem as bases, que atitude tomar ele já
pensa,
O que muitos não entendem é que a vida do médico é uma
correria
O novo médico entra num caminho que precisa paciência
Às vezes não tem hora pra alimentar e nem para dormir
O paciente sente no médico um bálsamo pra sua doença
Veja o grande legado grego que fez o mundo hodierno
progredir
Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 10/05/2004
Crônica
Homenagem ao meu filho que está trilhando
o caminho de um bom médico...
Dr. Valeriano Luiz da Silva Filho
Médico Pediatra e Intensivista.
Meu querido filho Sabe!
Quando Deus criou o mundo ele já
sabia que precisava na Terra de um médico que fosse amoroso, cheio de fé, não soberbo
e
nem arrogante, que pudesse
cuidar das criancinhas num certo tempo di-fícil
que
viria sobre o mundo.
O tempo chegou... e dentre muitos profissionais, foste agraciado
por Deus
para exercer este sacerdócio com amor, com equidade
e imparcialidade.
De tudo isto, nós seus pais, demais familiares e amigos sabemos que
és
dotado de tais dons e requisitos, pois começastes a mos-trar quando teu pai
te
matriculou pela primeira vez na escola.
Com apenas cinco anos nos surpreendeste, quando nos primeiros
meses,
já lias corretamente.
Sabe... quando passaste no vestibular de Odontologia, em primeiro
lugar e o Colégio Couto Magalhães, de Anápolis colocou
outdoors, espalhados pela
cidade e seu nome estava em
destaque, isso nos trouxe muita emoção.
Mas não quiseste ser dentista e meses depois, estavas em
uma das melhores Faculdades de medicina do Brasil, na UNB, passaste em um vestibular concorridíssimo,
e durante o curso, seus colegas me diziam que em todas as provas o
Valeriano Filho era primeiro ou segundo lugar, (nunca gostaste de elogio, isto eu sei) e isto ratifi-caste, quando ajudaste a elaborar o lindo
convite
de formatura e num discurso de quatro laudas, que proferiste
na colação de
grau, abrilhantaste a a festa, mostrando desde os primórdios da
Medicina de
Hipócrates até os dias atuais.
Teu discurso, filho, tocou no coração da
plateia e fez escritores autoridades chorarem, pra não dizer também seus familiares.
Meu filho, quando eu te olhava, pensava: como pode ser isso?
Um menino de vinte e três anos, já é médico formado...
Será que vão lhe dar crédito?
Mas
continuaste nos dando alegrias, quando
prestaste quatro exa-mes para residência em Pediatria e uma
para Intensivista
e fos-te aprovado nas cinco, ... os hospitais disputavam para que fosses
residente nos melhores hospitais de Brasília e Goiânia, mas
optaste pelo Hospital
Universitário de Brasília, que já conhecias, pelos
seis anos da graduação
e
Hospital de Base de Brasília.
Filho, nunca quiseste vangloria e só tempos depois, eu vim saber que,
quando residente, foste homenageado por duas turmas de for-mandos em
Medicina.
Filho, embora tudo debaixo do sol seja vaidade, mas nós, eu, sua
mãe,
demais familiares e amigos, louvamos tuas proezas,
tuas noi-tes sem dormir, e
acima de tudo, teu esforço.
Agora, após cinco anos de formado, já estás bem
treinado, depois
de trabalhar em Brasília, foste para uma cidade do Mato Grosso, onde já és
médico
conceituado na sociedade.
Sei que atendes com denodo a ricos, pobres e miseráveis.
Tens te esforçado para cumprir
o juramento e o discurso de for-matura
que fizeste.
Está sempre te atualizando e és detentor de notável saber da ci-ência médica.
E tens procurado trabalhar de acordo com o código de ética e a deontologia médica.
Quantas vezes, não almoçaste, porque na UTI, és o responsável.
Outras vezes, chegam crianças quase sem vida, vítimas de atrope-lamento,
afogamento, queimaduras, ingestão de tóxico acidental...
Deixas o
almoço, o compromisso e vais cuidar de teu ofício.
Sei que tens dado atenção às
gestante, que te procuram antes do bebê nascer e depois, abaixo de Deus,
estas mães põem toda confiança em ti.
Quantas
vezes tens orientado as mães sobre o aleitamento materno e procuras derrubar o mito do leite fraco.
Outras vezes, tens orientado a futura mãe para que seja feito o
parto
normal, mostrando o lado benéfico, até porque durante três anos, fizeste
pesquisa pelo CNPq sobre esse assunto, que foi di-vulgada em vários anais
e
congressos.
Está em tuas
mãos orientar as mães sobre amamentação, ali-mentação, exames e vacinas, sono, aparência, comportamento
da criança, higiene, dia-a-dia e sintomas gerais.
Filho, não te cansas, por isso o teu velho pai pede nessa crônica-carta,
em tua homenagem:
Não te esqueças do que Deus fez por ti, sem ele, nada eu faria para te
formar...
Permita Deus, que um dia possas olhar para trás e dizer:
já tenho longos
anos de trabalho, mas o dinheiro ficou em segundo plano.
Agradeço a Deus por tudo que me fez.
Felicidade nesta tua jornada!
NÓS TE AMAMOS!
Teu pai, em nome de sua mãe e seus irmãos,
fez esta crônica, que poderá servir de incentivo
ao jovem leitor, mostrando-lhe o valor da luta por um ideal.
DEUS TE ABENÇOE FILHO.
Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 30/08/2004
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