Pego uma folha de papel
Não encontro caneta, apanho o pincel,
Volto ao tempo do menestrel
Ou tento escrever cordel
Com o coração triste nada me anima
Então vou tentar escrever usando a rima
Já estou cansado, verei se sai um texto
Mas qual será o tema ? este é meu pretexto,
Vejo que a maré não está pra peixe
Peço ao desânimo que me deixe
Não surge nada na mente
Ainda bem que não estou demente
Ai! que vontade de escrever
Mas escrever o que?
Parece que sou pessoa analfabeta
Não sei se começo pela letra alfa ou pela beta
Persisti e encontrei uma caneta
Faço rascunho na caderneta
Começo escrever rápido como atleta
Não tendo mesa me apoio na prancheta
Sentado na minha banqueta
Penso, que lindo é o dom da letra...
Quem não tinha nada pra escrever
Já fez uma poesia para o povo ler
Mas fica a dúvida, será que prestou?
O que vai dizer o leitor?
Daí vou pro computador eu coloco na rede
Onde tem leitor com fome e com sede,
Mas aguardo ansioso
Que um leitor corajoso
Mande-me um comentário negativo
Posso ter errado por algum motivo
Logo sinto alívio
Atingi meu objetivo
Alguém responde com elogio...
Acabou meu calafrio
Poeta, você tem o dom de escrever,
Pegue o papel sem temer
Com uma letra você vai começar
Mas com muitos versos você terminará.
Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO - 13/01/2005 - 01:41 hs
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