A você ser humano
Que às vezes vive o amor pregando
Porque vive nos cortando
Outras vezes nos queimando

Este sofrimento minha família sofre desde o começo da terra
Mas antigamente era mais lento, pois não tinha moto-serra...
Tinha tal machado e serrote
Que era as ferramentas usadas pra corte

Não queremos contender com a natureza
Pois um dia vamos morrer com certeza
Mas não precisa agir conosco com tanta fereza
Pare de usar nossa madeira pra fazer tanta riqueza

Utilize de nossa família só pras necessidades essenciais
E não se esqueçam que vocês são pobres mortais
E não se sintam senhor absoluto e controlador da natureza
Se as plantas acabassem como vocês viveriam com certeza?

Nos primórdios da civilização nossa família tinha preservação
Um ar puro respirava toda a população
Mas hoje surgiu tanta doença causada por suas mãos
E nós da família vegetal somos objetos de exportação

E quando não somos vendidas somos roubadas ou contrabandeadas
Por isso as nossas matas precisam ser mais fiscalizadas
Se não este mundo terreno já está sentenciado
A um sofrimento muito grande ou talvez ser acabado

Saiba que nosso criador foi quem vos criou
No dia que você nasceu você chorou
No dia que você morrer alguém chorará
Será que a natureza não chora quando uma árvore você vem a derribar?

Nós te damos lenha, damos frutos damos vida,
Mas cada árvore que você derruba você mata uma vida,
Será que você não poderia arrumar outra saída
Olha, a natureza está chorando por tanta agressão sofrida.

Olha humanos não vos peço desculpas se estou vos ofendendo
Quantas madeiras fazem os paços reais resplandecentes
E nós às vezes morrendo pelo calor e o sol quente
E você humano nunca lembra de refrigerar nossa dor ardente

Valeriano Luiz da Silva
Anápolis - GO



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