Málaca a grande conquista de Portugal na Malásia (Ásia)

 

Valeriano Luiz da Silva

 

 

O que muitos não sabem é que um pedaço da Malásia foi portuguesa,

Até que a coroa de Portugal fosse expulsa pela holandesa

A última a estar em Málaca foi a coroa inglesa

A partir daí Málaca se anexou a Malásia com firmeza

 

Málaca foi um centro econômico transbordante de riqueza

Na época em que Afonso de Albuquerque a conquistou com certeza

O conquistador todo cheio de glória

Mandou o Sultão pro exílio e cantou vitória...

 

Em Málaca não tem muito sentido os vestígios dos Britânicos e holandeses

Mas ainda permanece por lá muitos sinais dos portugueses

Do vocabulário luso...

Criaram um Crioulo que pra nós é confuso

 

Os malaio-portugueses, que têm a sua própria cultura e dialeto

O “papiá krinstang” (falar cristão) quem for lá ainda se houve de perto,

Portugal lá implantou a sua religião

E até do fado português vestígios lá estão

 

A guitarra de Alfama por lá é dedilhada

Mesmo após três séculos e meio a mãe pátria de lá ter sido retirada

A identidade portuguesa por alguns luso-descendentes é preservada

Por lá o fado e o Vira do Minho são cantados e bailados

 

Portugal encontrou uma terra de muitas riquezas...

Trazendo desventura aos mercadores de Pisa, Gênova e Veneza,

Pensando fundar um vasto império...

Portugal conquistou ormuz cidade bonita e cheia de mistério

 

O estreito que liga o Golfo Pérsico com o Oceano Índico

Depois da conquista de Goa já controlava o Mar vermelho rico

Houve combate com as embarcações do Império Otomano

Que as mercadorias de Málaca estavam transportando

 

Afonso de Albuquerque achou que estava dominando

E nenhum confronto foi lhe assuntando

Sonhou cruzar o mar da China e chegar ao Japão

Percebe-se que este grande diplomata tinha muita ambição

 

Sonhou conquistar Bengala, Birmânia, Sumatra e o Reino do Sião

E formar um grande império na Ásia naquela ocasião,

Chegavam tantas riquezas em Málaca...

Dentre várias só algumas a poesia destaca:

 

Têxteis, sedas, cerâmicas e marfim,

Papel de arroz, pau-santo e Bemjoim

Cravo, noz-moscada, cânfora e outros aromatizantes,

Pérolas, carpetes e chifres de Rinocerontes,

 

Ópio, água de rosas e talheres de cobre,

Laca, madeira de teca, pedras preciosas e tantas coisas nobres,

Dizem que Málaca atualmente tem um charme todo especial

Na arquitetura, nas cores, nos dialetos, de vários povos incluindo de Portugal,

 

Alguns monges, de cabelo rapado e mergulhados num absoluto silêncio,
entregam a quem quiser fazer uma oferenda certo incenso...

Em Málaca vale a pena experimentar as influências gastronômicas

Mesmo com a mistura de povos e raças há diversidades econômicas

 

Para comprar entre outras coisas há sedas de todas as cores

E os preços lá em Málaca dizem que são tentadores

Lá há grande mistura de malaios, ingleses, chineses e holandeses...

Mas mantêm ainda um Bairro português

 

Falam que onde bate mais forte o coração da Malásia é em Málaca

Visitar Málaca é deslumbrar com as belezas que lá estão como estaca.

 

 

Anápolis – Go, 09/09/2005

valerianols@globo.com

www.albumdepoeta.com




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