Poesias de mim


Quando no silêncio da noite
No adormecer da madrugada
Chega o vento soprando tua pele
Me transformo em poesias
E faço nascer poemas de mim
Mergulho em devaneios e desabrocho
E como brisa morna e suave, estremeço
Nos pelos da minha poesia nua
Me viro do avesso e padeço
Viro terra fértil e você meu grão
Canto pra lua meus versos de delírio
E espero suplicante, deitada no chão
Que o vento me sopre de amor e paixão
Sou estrela e lua sou mulher
Sou sonho, verdade, sou real
Sou tudo que minha poesia na tua pele quiser
Sou o vento soprando no corpo de mulher
Que se tranca, move, geme e goza
Fica grávida, imensa e plena
E quando a madrugada vem e o vento sopra
A pele em poesia se transborda
Fecho os olhos e me sinto levada pelo vento.
Sou poesia que nasce de ti e frutifica
Sou a terra que serve de lastro,
No vento soprado, sou teu chão.

Rose Sadalla
Rio de Janeiro - RJ - 02/01/1999



 

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