Não mais verás o amanhecer


Eu o amei, é verdade! e ainda o amo
A desconsolar-me o destino o tirou
Sobre o leito teu corpo jaz inerte
Pobre amor! que a vida me roubou
Teus olhos não mais despertarão ao amanhecer
Não verás o sol, nem o céu azul de doce n'alva
Não baterá mais o amor em teu peito
A senhora dos desesperados ceifou tua vida
Sabendo que de saudades eu morreria.
Calafrios tomam conta de meu corpo
Uivo como os lobos
nesta noite lúgubre e interminável
Tudo se acaba...o fim chegou ,resta-me a dor
A senhora da Morte, enlaça teu espírito
Mergulha nas trevas e some na noite escura
Trazendo-me a desdita fúnebre e insana
Da dor de um amor que viveu e regressou.
Leva consigo minha alma enfraquecida
De tanta saudade e dores compungida.

Rose Sadalla
Rio de Janeiro - RJ - 18/01/2003




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