Lençol de linho


Silencia a mata
Sinos adormecem.
Emudece os cânticos,
Aves voltam aos ninhos.
No silencio do templo,
Chamas das velas reluzem,
Hora da meditação...
Na rua sombria,
A menina sozinha...
À deriva na vida,
Vende seu corpo,
Por um pedaço de pão...
Triste sina,
Imputada a um ser...
Não precisaria se vender,
P'ra sobreviver.
Se!
Nossos governantes,
Se preocupassem mais,
Com o bem estar da população.
Oferecendo trabalho, escolas,
Cursos profissionalizantes, esportes,
Creches, casa de repouso aos idosos.
Trabalhassem com afinco e determinação
Na recuperação das rede hospitalares.
Se lembrassem, da miséria em que viveram,
Governassem com HONESTIDADE,
Restituindo ao cidadão a dignidade.
Saíssem do deslumbramento.
Deixassem lençol de linho egípcio
Para os Sheiks e seus haréns...
Mas isso no Brasil é utopia!
Mudamos o rumo da história,
Desmoralizamos,
Ali Babá e os quarenta ladrões,
Substituído os nomes...
Não esqueçamos nunca mais,
Dos protagonistas corruptos,
Que tomaram de assalto essa nação...
Tanta luta... para ver isso acontecer,
Será que todo esforço foi em vão...


Nadir A. D'Onofrio
Santos - SP - 04/05/2006 - 00:43 hs




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