Escultura


Folha que docemente cai
Lembrando-me que ainda é outono
O sal queimando rosto
Resquício... da lágrima que rola...

Assim me sinto como folha
Ressecada pelo sol abrasante
Agonizante sobre a relva
Prisioneira suplicante

Sou escultura... sem escultor!
Imputaste-me a espera prolongada
Dizias ser meu protetor!

Sentia-me alforriada
Sequestrada em seus braços
Meu amado benfeitor!

Retorne... conclua sua obra prima...

Nadir A. D'Onofrio
Serra Negra - SP - 20/04/2009 - 20:42min... de uma noite fria...



 

 

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