Uma importante opção

Recebida em 29/04/2007


Emilia pertencia a uma família de classe média em um país euro-peu que sofria crises e carestias depois de uma prolongada guerra nacional. Fome e epidemias ameaçavam a toda a população polo-nesa.

Emília, desde pequena, tinha uma saúde frágil, e não melhorava devido às condições em que vivia. Era ainda muito jovem quando se casou com um operário têxtil e se estabeleceram em uma cida-dezinha nova, longe de familiares e conhecidos: Wadovice, a 30 Km de Cracóvia.

Pouco tempo depois nasceu seu primeiro filho, Edmundo, um garo-to belo, bom aluno, atleta e de personalidade forte. Chegaria a se formar em medicina.

Alguns anos mais tarde, em 1915, Emilia deu à luz uma menina, que só sobreviveu poucas semanas, por causa das más condições de vida a que a família estava submetida.

Catorze anos depois do nascimento de Edmundo, e quase dez da morte de sua segunda filha, Emilia se encontrava em uma situação particularmente difícil.

Tinha cerca de 40 anos e sua saúde não havia melhorado: sofria severos problemas renais e seu sistema cardíaco se debilitava pouco a pouco devido a uma doença congênita.

Além disso, a situação política do seu país era cada vez mais críti-ca, pois havia sido muito afetado pela recém terminada primeira guerra mundial.

Viviam com o indispensável e com a incerteza e o medo de que se instalasse uma nova guerra.

Justamente nessas terríveis circunstâncias, Emília percebeu que estava grávida novamente. Apesar de o acesso ao abortamento não ser fácil naquela época, e naquele país tão pobre, existia a opção e não faltou quem se oferecesse para praticá-lo.

Sua idade e sua saúde faziam da gestação um alto risco para sua vi-da. Além disso, sua difícil condição de vida lhe fazia perguntar-se: que mundo posso oferecer a este pequeno? Uma vida miserável? Um povo em guerra?

Emília desconhecia que só lhe restavam dez anos de vida, por cau-sa de seus problemas de saúde.

Tragicamente, também Edmundo, o único irmão do bebê que espe-rava, viveria só mais dois anos.

Alguns anos mais tarde aconteceria a segunda guerra mundial, e no ano de 1941, o pai da criança que estava por nascer também per-deria a vida.

Contudo, entre as dificuldades que a assombravam e a vida que ne-la palpitava, Emilia optou por dar à luz seu filho, a quem chamou de Karol. Ele foi o único sobrevivente da família.

Aos 21 anos ficou na terra sem os pais e sem os irmãos. Este meni-no hoje é um ancião. Mas está vivo*. E cada vez que visita algum país e passa por suas ruas, milhões de gargantas exaltadas lhe gritam: João Paulo Segundo, nós te amamos.

Com vários problemas de saúde, o papa João Paulo, segundo con-fessa, somente se sustenta pela força da oração dos que oram por ele.

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A jovem Emília podia ter decidido por não permitir o nascimento daquele terceiro filho.

Mas, que grande homem teria perdido o mundo. Um homem que utiliza o seu prestígio para falar aos dirigentes das nações sobre as doenças da sociedade e que, esperançoso, afirma que há razões para confiar, para esperar, para lutar, para construir.

Pense nisso e jamais diga não à vida. Não importam as situações adversas, nem as nuvens borrascosas que teimam em se apresen-tar.

Se um espírito lhe bater à porta do coração, pedindo acolhida num minúsculo corpo de carne, receba-o.

Ele poderá vir para mudar a face do mundo. Ele poderá vir, sim-plesmente, para enrolar seus braços em seu pescoço e sussurrar aos seus ouvidos: eu te amo, mamãe!

(*) Texto escrito antes da morte de João Paulo II.

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Equipe do site www.momento.com.br, com base em texto de autoria desconhecida e em pesquisa ao site www.cnbb.org.br
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Redação do Momento Espírita

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