Uma definição necessária

Recebida em 13/02/2014


Jesus veio à Terra em um período de grande impiedade e desespe-rança.

O domínio dos poderosos era cruel e implacável.

Segundo a narrativa evangélica, a palavra e a pessoa de Jesus re-presentaram um lenitivo geral.

De repente havia esperança de cura e conforto.

Deus era anunciado como Pai amoroso e sábio, não como um Se-nhor terrível e vingativo.

Era possível confiar no futuro.

Mesmo o presente já se apresentava promissor, com a perspectiva de notáveis curas e transformações.

A canção da paz e da ventura soavam arrebatadoras naqueles lábi-os puros.

O povo ficou ébrio de esperança.

Todos se viam logo adiante saciados, socorridos, alimentados e fe-lizes.

Entretanto, não se davam conta da contribuição pessoal que deve-riam dar em favor da nova ordem social.

Mas Jesus em tempo sinalizou que a bem-aventurança tinha um preço.

Perante a incompreensão geral, disse não ter vindo trazer à Terra a paz, mas a espada.

Que poria em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe.

Que os inimigos do homem seriam os seus familiares.

Que quem não tomasse a sua cruz e O seguisse, Dele não seria dig-no.

Não se há de imaginar o Senhor da brandura e da bondade conver-tido em um guerreiro infeliz, um vassalo da loucura.

Essas singulares palavras sinalizaram a necessidade de separar-se a verdade da impostura.

Elas anunciaram que, em incontáveis famílias, alguns dos membros O amariam, enquanto outros O detestariam.

Jesus lançou ao futuro a advertência de ser necessário preferir Deus a Mamom.

Alertou que o dever e a transparência constituem requisitos indis-pensáveis para quem deseja a Sua paz.

Deixou claro que a condição de cristão é incompatível com a vivên-cia corrupta e acomodada.

O Messias Divino ateou o fogo purificador da verdade, para deses-pero de muitos.

A linguagem era forte e anunciava um testemunho difícil.

A mensagem cristã implica a necessidade de uma definição de ru-mos.

Pelo bem ou contra ele, não sendo possível uma postura de hipocri-sia e conivência.

A figura de Jesus permanece sedutora e a Sua mensagem segue atual.

Incontáveis se afirmam cristãos e anelam pela paz do Senhor.

Entretanto, hesitam no testemunho necessário.

Malgrado suas crenças, vivem de forma impiedosa, promíscua e desleal.

O Cristianismo representa a Boa Nova, o advento da paz e da ven-tura como consequencia da vida reta e generosa.

Não se trata de um milagre ou de um favor.

Primeiro a criatura se define pelo bem e se esforça para vivê-lo.

A paz e a plenitude surgem como resultado natural.

Pense nisso.

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Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17 do livro
A mensagem do Amor Imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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Redação do Momento Espírita

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