Sozinho

Recebida em 26/02/2010


Logo após acabar o curso na Universidade de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1990, o jovem Christopher McCandless tomou uma de-cisão que iria mudar significativamente o curso de sua vida.

Doou os 24 mil dólares que tinha no saldo bancário a instituições de caridade, e desapareceu sem avisar a família.

Já não era a primeira vez que Chris decidia fazer uma viagem pelos vários Estados americanos, sozinho, dependendo da natureza e do que encontrava no caminho.

Mas, daquela vez foi diferente. A sua raiva quanto à civilização em que vivia, quanto aos pais e às mentalidades e materialismo da época, foi fundamental para a sua tomada de decisão.

A partir daquele dia não mais regressaria à sua casa.

Viveu assim, por muito tempo, desbravando o país, andando a pé, ou contando com caronas de estranhos para se locomover.

Trabalhava aqui e acolá. Ganhava um pouco de dinheiro, comprava suprimentos e continuava sua caminhada, livre, em busca de uma felicidade há tanto sonhada.

Sua história ficou conhecida através de escritos que deixou por vá-rios cantos, sob um pseudônimo, e que depois foram colecionados pelo escritor Jon Krakauer.

Num desses escritos encontrou-se as seguintes palavras:

Sem jamais ter de voltar a ser envenenado pela civilização, foge e caminha sozinho pela Terra, para se perder na floresta.

O solitário andarilho, então, foi ao encontro daquela que seria a maior de todas as suas aventuras, e que simbolizaria seu rompi-mento com a sociedade civilizada.

Embrenhou-se no Alasca, com poucos recursos e condições, buscan-do sobreviver apenas do que a natureza lhe daria.

Meses e mais meses se passaram.

Através de um diário que mantinha, na contracapa de alguns livros, o jovem ia descrevendo seus dias e seus pensamentos.

Seu corpo foi encontrado em decomposição no ano de 1992, dentro de um saco de dormir, no interior de um pequeno ônibus abando-nado na floresta.

Calculou-se que já havia falecido há cerca de duas semanas. A causa oficial da sua morte foi inanição - morreu de fome.

O autor do livro, que conta a história dramática do jovem, relata que uma das frases mais significativas encontradas em suas anota-ções dos últimos dias de vida, foi a seguinte:

A felicidade... só é verdadeira... quando partilhada.

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Não nascemos para vivermos sós. Somos seres sociais por natureza, a ponto de nosso isolamento em excesso se fazer prejudicial ao corpo, à mente e ao Espírito.

Somos individualidades, é certo - seres completos buscando desen-volvimento intelecto-moral através das eras.

Porém tal desenvolvimento, principalmente no que diz respeito ao aspecto moral, só poderá ser realizado na vida social, isto é, no contato com outros seres.

Desta forma, toda fuga da vida em sociedade, toda tentativa de es-capar da dor, dos desconfortos dos relacionamentos, será sempre frustrada.

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Nenhum homem possui todos os conhecimentos. Pelas relações so-ciais é que se completam uns aos outros para assegurar seu bem es-tar e progredir.

É por isso que, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados.

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Redação do Momento Espírita
www.reflexao.com.br

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