Sorrindo na tempestade

Recebi em 29/08/2009


Aquela menininha diariamente fazia o caminho para a escola sozi-nha e a pé.

Naquela manhã, apesar do mau tempo, do vento forte e das nuvens ameaçadoras, ela seguiu em direção à escola.

Ao longo do dia, o vento foi aumentando. Formou-se uma tempes-tade com muitos raios e trovões.

A mãe pensou que sua filha poderia sentir medo de voltar sozinha em meio ao temporal. Afinal, ela mesma estava bastante assusta-da.

Preocupada, ela entrou em seu carro e dirigiu, em meio à tempes-tade, para apanhar a filha na escola.

Não demorou muito, e ela avistou a sua filha andando pela estra-da.

Chamou-lhe a atenção, no entanto, o fato de que, a cada relâmpa-go, a criança parava, olhava para cima e sorria.

Outro e outro relâmpago. E ela sempre parava, olhava para cima e sorria.

Finalmente, a menina entrou no carro. A mãe, curiosa, foi logo perguntando: Filha, o que você estava fazendo?

E a garotinha, alegre e despreocupada, respondeu: Eu estava sor-rindo. Deus não para de tirar fotos minhas!

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A inocência da infância. A lição da simplicidade de descobrir bele-za em todas as coisas.

De confiar em quem é o Criador de todo o imenso Universo e Pai amoroso e bom, que está atento a tudo.

Pudéssemos nos recordar, em nossa vida, dos momentos mágicos da infância e nossa vida seria menos complicada.

Quando os temporais das adversidades nos chegassem, lembraría-mos de que Deus tudo sabe e vela por nós.

Quando os ventos das inquietudes nos balançassem, recordaríamos de que nada de mal nos deverá ocorrer, que não seja do conheci-mento de Deus.

E se Ele sabe, tudo está certo. Não haveremos de sofrer além do que esteja dentro das nossas necessidades.

Quando os relâmpagos das calúnias e das inverdades riscassem os céus dos nossos atos, teríamos em mente que não importa o que os homens digam. Deus sabe a verdade.

E nos preocuparíamos menos em nos defender e mais em prosse-guir agindo de forma correta e digna.

Quando a chuva inclemente do abandono nos fustigasse a alma, terí-amos em mente que não estamos sós.

Deus segue conosco. E estabeleceríamos a ponte da comunicação entre Ele e nós, através da prece sincera e devotada, prosseguindo sempre.

Quando o frio da indiferença de amigos antes devotados nos enre-gelasse, provocando-nos lágrimas de dor, nos lembraríamos de que Deus nos ama.

E tornaríamos a pedir que Ele permanecesse conosco, a fim de que a noite da solidão não nos perturbe, nem amedronte.

Enfim, se os verdes anos da infância falassem em nossa vida, segui-ríamos pelas veredas do mundo mais tranquilos.

Porque sempre teríamos em mente que o bem é superior ao mal, que é transitório e fugaz.

Que Deus é todo poder, bondade e sabedoria e tudo o que Ele faz traduz essas virtudes em grau infinito.

Finalmente, seguiríamos pela estrada confiantes de que nada esca-pa ao olhar profundo da Divindade.

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Deus existe. É infinitamente justo e bom: essa a Sua essência.

A tudo se estende a Sua solicitude. Só o nosso bem, portanto, pode Ele querer.

Disso se conclui que devemos confiar Nele: é o essencial. Assim, em meio à tempestade, olhemos para o alto e utilizemos nosso sorriso, avançando sempre, vencendo os percalços

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Redação do Momento Espírita, com base no texto Inocência,
de autor desconhecido, disponível no site flori_jane.sites.uol.com.br/index.htm
e no cap. 2, item 30 de A gênese, de Allan Kardec, ed. Feb.


Fundo Musical: Once You Had Gold - Enya
 

 
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