Procura-se um amigo

Recebida em 07/01/2007


No mural de avisos da empresa, alguém colocou um papel escrito em letras grandes, que dizia: “Procura-se um amigo.

Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimento, ter co-ração. Precisa saber falar e saber calar no momento certo; sobre-tudo, saber ouvir.

Deve gostar de poesia, da madrugada, de pássaros, do sol, da lua, do canto dos ventos e do murmúrio das brisas.

Deve sentir amor, um grande amor por alguém, ou sentir falta de não tê-lo.

Deve amar o próximo e respeitar a dor alheia. Deve guardar segre-do sem sacrifício.

Não precisa ser puro, nem totalmente impuro, porém, não deve ser vulgar.

Deve ter um ideal e sentir medo de perdê-lo; se não for assim, de-ve perceber o grande vazio que isso deixa.

Precisa ter qualidades humanas; sua principal meta deve ser a de ser amigo; deve sentir piedade pelas pessoas tristes e compreender a solidão.

Que ele goste de crianças e lastime as que não puderam nascer e as que não puderam viver. Que goste dos mesmos gostos; que se emocione quando chamado de amigo; que saiba conversar sobre coisas simples e de recordações da infância.

Precisa-se de um amigo para se contar o que se viu de belo e triste durante o dia, das realizações, dos sonhos e da realidade.

Deve gostar de ruas desertas, de poças d’água, de beira de estra-da, do cheiro da chuva e de se deitar no capim orvalhado.

Precisa-se de um amigo que diga que a vida vale a pena, não por-que é bela, mas porque já se tem um amigo.

Precisa-se de um amigo para não se chorar, para não se viver de-bruçado no passado.

Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo ou cho-rando, mas que nos chame de amigo. Precisa-se de um amigo que creia em nós.

Precisa-se de um amigo para se ter consciência de que ainda se vi-ve.


Há, no mundo moderno, muita falta de amizade. O egoísmo afasta as pessoas e as isola.

Contudo, não se pode viver sem amigos. Eles são a aragem branda no deserto das dificuldades.

São eles que nos oferecem o coração que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida.

Sustentam-nos na fraqueza e nos libertam nos momentos de dor.

Quando a discórdia nos atinge, são eles que estendem os recursos da amizade leal, confortando-nos a alma.

Discretos, os amigos se apagam para que brilhem aqueles a quem se afeiçoam.

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A amizade é o sentimento que imanta as almas umas às outras, ge-rando alegria e bem-estar.

É suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção.

Portadora de paz e alegria, a amizade é presença fundamental nos amores de profundidade.

Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes roman-ces, os laços da união não se rompem, se existe amizade.

E, quando os impulsos sexuais do amor passam, a amizade fica, porque as suas raízes se encontram firmadas no afeto seguro, nas terras da alma

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Equipe de Redação do site www.momento.com.br,
com base em texto do livro Momentos de Luz – vol. 1,
ed. Kuarup, pág. 56; e do cap. 9 do livro Momentos de Esperança

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Redação do Momento Espírita
www.reflexao.com.br

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