Porque ter filhos?

Recebi em 09/06/2010


Educar exige esforço. Que o digam os pais e em especial as mães que, de um modo geral, ficam mais horas com a criança. É uma tarefa ár-dua com certeza.

Há dias em que a irritação atinge o auge. São aqueles em que as cri-anças parecem ter acordado com o fiel compromisso de nos atormen-tar.

É em momentos assim que se pode explodir com a frase: “ai, meu Deus, por que eu fui ter filho?

A frase cai como uma bomba sobre um pequeno traquinas, esperto e disposto a todas as brincadeiras.

Ao ouvir isso ele pode se sentir rejeitado, sem lugar no mundo, res-ponsável por uma situação que em verdade não criou.

É todo um conjunto de circunstancias que nos leva a desabafar desta forma.

É a preocupação com os afazeres domésticos, os compromissos profis-sionais, em que somos cobrados pela produtividade e desempenho.

É o dinheiro que falta para cobrir todas as despesas. E, para comple-tar, um dia de chuva após o outro e as crianças gritando, tirando tudo do lugar, correndo pelos quatro cantos da casa, sem parar.

O desabafo tem outras maneiras de ser expressado e outros momen-tos também. Quando chegam as mensalidades da escola, quando nos damos conta de que há necessidade de comprar novos agasalhos, cal-çados, um novo livro.

De todo modo, para os filhos que ouvem, o sentimento que é passado é o de rejeição. Eles são um estorvo na vida dos pais. Um peso. Me-lhor fora se não tivessem nascido.

Como o fato não é isolado e único, eles ouvirão mais de uma vez essa ou aquela frase, afirmando o mesmo.

E crescerão crianças tristonhas, sentindo-se demais em todo lugar. Terão possibilidades de se tornar adultos ensimesmados, retraídos, com medo de se achegar às pessoas, por se considerarem não ama-dos.

Em suas amizades, poderão enfrentar dificuldades, acreditando-se a mais em qualquer circunstância.

A palavra tem força criadora.

Com ela podemos produzir a ventura ou a infelicidade. Podemos construir o bom e o belo, ou a maldade.

Pensemos nisso no contato com os nossos filhos. Reflitamos antes de nos expressarmos e não nos permitamos inconsequências em nossas palavras.

As crianças devem ser educadas, receber disciplina. Para tal bastam as expressões da coerência, a explicação do bom senso, a paciência das horas.

Recordemos que até hoje as palavras do cristo nos são repetidas dia-riamente, através das mensagens dos imortais, das páginas dos evan-gelhos, dos exemplos dignificantes. E ainda assim, permanecemos re-fratários, pouco ou quase nada assimilando.

E Deus, nosso Pai, que nos criou para a alta destinação da perfeição nunca nos diz que somos um estorvo na criação, por mais que erre-mos, por mais rebeldes que sejamos diante do seu amor.

Tudo porque a mensagem da educação é de amor e de renúncia, que sabe esperar no tempo a melhoria do ser amado.

Você sabia?

Que a palavra conduz a estados d´alma os mais diversos?

Pela palavra podemos iluminar caminhos em sombras, traçar veredas de segurança, acalentar quem se aninha em corpos minúsculos à busca de carinho e educação.

Pela palavra podemos criar estados de otimismo e lições de amor.

Por utilizar a palavra com sabedoria, o senhor Jesus foi denominado o verbo divino. Suas expressões comoveram a terra e ensejam até hoje a elaboração de um sem número de obras que convidam a criatura ao amor.

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Equipe de Redação do Momento Espírita,
com base no livro Sol de Esperança cap. 3

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Site Momento de Reflexão
www.reflexao.com.br


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