O poder da prece

Recebi em 07/09/2010


O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.

Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos ele foi tomando volume e se tornando um rio maior.

O viajante continuou a segui-lo. Bem mais adiante o que era um pe-queno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.

A música das águas atraiu mais o viajante que se aproximou e foi des-cendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, final-mente, uma gruta. A natureza criara com paciência caprichosas for-mas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.

De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913: “não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz des-truir, a suavidade consegue esculpir.

Assim também acontece na vida. Existem pessoas que explodem por coisa nenhuma e que desejam tudo arrumar aos gritos e pancadas.

E existem as pessoas suaves, que sabem dosar a energia e tudo conse-guem. São as criaturas que não falam muito, mas agem bastante. En-quanto muitos ainda se encontram à mesa das discussões para a tomada de decisões, elas já se encontram a postos, agindo. E conse-guem modificar muitas coisas. Um sábio exemplo foi de Madre Teresa de Calcutá.

Antes dela e depois dela tem se falado em altos brados sobre miséria, fome e enfermidades que tomam comunidades inteiras. Ela observou a miséria, a morte e a fome rondando os seus irmãos, na índia. To-mou uma decisão. Agiu. Começou sozinha, amparando nos braços um desconhecido que estava à beira da morte nas ruas de Calcutá.

Fundou uma obra que se espalhou, com suas casas de caridade, por todas as nações. Teve a coragem de se dirigir a governantes e homens públicos para falar de reverência à vida, de amor, de ação. Não gri-tou, não esbravejou. Cantou a música do amor, pedindo pão e afeto aos pobres mais pobres.

Deixou o mundo físico mas conseguiu insculpir as linhas mestras do seu ideal em centenas de corações. Como a água mansa, ela cantou nos corações e os conquistou, amoldando-os para a dedicação ao seu semelhante.

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Há muito amor em sua estrada que, por enquanto, você não consegue valorizar...

Busque se aplicar no dom de ver, e vendo a ação da presença do Cria-dor, que é amor, na expressão mais alta, como conceituou o apóstolo João, faça de sua passagem pelo mundo um dia feliz.

Se você espera ser útil e desaprova a paralisia do coração, procure amar, porque todos os mistérios da vida e da morte se encontram no amor... pois o amor é Deus!

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Fundo Musical: Noturno Op. 9- Chopin
 

 
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