A Vontade

Recebida em 17/05/2009


As causas da felicidade não se acham em lugares determinados do espaço.

Elas estão em nós, nas profundezas da alma.

O reino dos céus está dentro de vós”, disse o Cristo.

Tal premissa é confirmada por várias outras doutrinas.

É na vida íntima, no desabrochar de nossas faculdades, de nossas virtudes, que está o manancial das felicidades futuras.

Olhemos atentamente para o fundo de nós mesmos.

Fechemos, por alguns instantes, nosso entendimento às coisas ex-ternas.

Depois de havermos habituado nossos sentidos ao silêncio, seremos capazes de ouvir vozes fortificantes e consoladoras.

As vozes de nossas próprias consciências.

Há poucos homens que sabem ouvir seus próprios pensamentos.

Raros são aqueles capazes de reconhecer e explorar os próprios po-tenciais.

Geralmente alguns de nós gastamos a vida em coisas banais, impro-dutivas.

Percorremos o caminho da existência sem nada saber a respeito de nós mesmos, de nossas riquezas íntimas.

E então nos perguntamos: como poderemos nos valer das nossas capacidades, orientado-as para um ideal elevado?

Pela vontade!

É através dela que dirigimos nossos pensamentos para um alvo de-terminado.

Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar.

Sua mobilidade constante e sua variedade infinita oferecem peque-no acesso às influências superiores.

É preciso saber concentrar-se, colocando o pensamento em sinto-nia com o pensamento divino.

Só assim a alma humana poderá ser envolvida pelo espírito divino, tornando-a, dessa forma, apta para realizar nobres tarefas.

A vontade é a maior de todas as potências e seu poder é ilimitado.

Sua ação é comparável a de um ímã.

O homem, consciente de si mesmo e de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços que desenvolve em determinado sentido.

Sabe que, tudo o que de bem e bom desejar há de mais cedo ou mais tarde realizar-se, nesta ou em existência futuras, quando seu pensamento estiver de acordo com as leis divinas.

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Como é belo e consolador poder dizer: Conheço a grandeza e a for-ça que habitam em mim.

Elas hão de ser meu amparo e minha certeza, em todos os instan-tes de minha vida.

Com o auxílio de Deus e dos benfeitores espirituais, hei de elevar-me acima de todas as dificuldades.

Vencerei o mal que ainda há em mim.

Abrirei mão de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras deste mundo, para levantar voo em direção de estágios mais felizes.

Vejo claramente o longo caminho a ser percorrido.

Nada, porém, poderá me impedir de prosseguir nessa estrada.

Tenho um guia seguro que é a vontade de enobrecer-me e elevar-me.

Hei de conservar-me firme e inabalável, sempre em frente.

Com minha vontade conquistarei a plenitude da existência.

Farei de mim uma criatura melhor.

Para isso, basta que eu queira alcançar toda essa ventura com energia e com constância.

E diga, para mim mesmo, conclamando-me à elevação e à marcha, apressando-me, assim, para a conquista de meu próprio destino: a felicidade verdadeira.

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Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na terceira parte,
item XX, do livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor de Léon Denis.
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Redação do Momento Espírita

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