A Paz do Cristo

Recebida em 09/05/2010


O Evangelista Mateus anotou palavras de Jesus que, até hoje, cau-sam um certo espanto ao estudioso dos Evangelhos, ao menos no primeiro momento.

Dentre elas, a afirmativa: Não cuideis que vim trazer a paz à Terra. Não vim trazer a paz, mas a espada.

Acontece que o conceito de paz, entre os homens, desde muitos sé-culos está viciado.

Na expressão comum, ter paz significa ter atingido garantias do mundo, dentro das quais possa o homem viver, sem maiores cuida-dos.

Paz, para muitos, significa ter a garantia de grandes somas de di-nheiro, não importando o que tenha que fazer para as conseguir.

Isso porque muito dinheiro significa poder se rodear de servidores, de pessoas que realizem as tarefas que, normalmente, a criatura de-veria executar.

Também tem a ver com viagens maravilhosas para todos os lugares possíveis, ida a restaurantes caros, roupas finas, perfumes exóticos.

Desfrutar de tudo o que é considerado bom no mundo.

Naturalmente, Jesus não poderia endossar esse tipo de tranquilida-de, onde o ser vegeta e não vive realmente.

Assim, em contrapartida ao falso princípio estabelecido no mundo, Jesus trouxe consigo a luta regeneradora, a espada simbólica do co-nhecimento interior pela revelação Divina, para que o homem inicie a batalha do aperfeiçoamento em si mesmo.

Jesus veio instalar o combate da redenção. É um combate sem san-gue, uma frente de batalha sem feridos.

A guerra que o Senhor Jesus propõe é contra o mal. Ele mesmo foi o primeiro a inaugurar o testemunho pelos sacrifícios supremos.

Convidado a se sentar no Sinédrio, junto aos poderosos do Templo de Jerusalém, optou, sem desprezar ninguém, por se dedicar à gente simples, para quem ensinou bondade, compaixão, piedade.

Exatamente numa época em que a lei do mais forte imperava. O do-minador romano mandava e o povo escravo deveria obedecer.

Uma época em que os portadores de hanseníase, que conheciam co-mo lepra, eram colocados para fora das cidades, longe do convívio dos seus amores, sem cuidado algum.

Uma época em que as crianças enjeitadas eram abandonadas nas ru-as, entregues a ninguém.

Há mais de vinte séculos a Terra vive sob esses impulsos renovadores da mensagem de Jesus.

Buscar a mentirosa paz do conforto exclusivo, pensando somente em si próprio, é infelicitar-se.

Todos aqueles que pretendem seguir Jesus encontram, pela frente, a batalha pela conquista das virtudes. Mas, igualmente, a serenidade inalterável, na Divina fonte de repouso dos corações que se unem ao amor de Jesus.

Ele é o sustentáculo da paz sublime para todos os homens bons e sinceros.

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A conquista da paz do Cristo, em essência, é fácil. Basta seguir pe-quenas regras: não ter ambição em demasia e saber valorizar o que se tem.

Amar e perdoar, sem acumular mágoas, que somente pesam na eco-nomia da alma, infelicitando-a.

Cumprir fielmente os seus deveres, na certeza de que a paz de consciência se alcança com o dever retamente cumprido.

Finalmente, entregar-se confiante aos desígnios de Deus. O bom Deus, que cuida das aves do céu e dos lírios do campo, vela inces-santemente por todos nós.

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Redação do Momento Espírita com base no cap. A espada simbólica, do livro Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb e no verbete Paz, do livro Repositório de sabedoria, v.2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
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