A missão educadora dos pais

Recebida em 28/04/2010


Vivemos em um mundo de constantes mudanças e, sem dúvida, te-mos que nos adaptar a elas.

A mulher hoje tem amplo acesso ao mercado de trabalho e a figura de mãe presente ao lado de seus filhos, sempre que esses não este-jam na escola, quase não existe mais.

O pai tornou-se mais participativo no cuidado das crianças, no en-tanto, ainda passa a maior parte de seu tempo dedicado ao traba-lho, a fim de prover as necessidades materiais da família.

Consequentemente, as crianças e os jovens, habituados à televisão e ao computador, distanciam-se de seus pais e esses, atarefados, quase não se aproximam de seus filhos.

Encontramos até mesmo pais que dizem ser a escola o local de educação de seus filhos.

Em verdade a escola é local onde há transmissão de conhecimen-tos, bem como orientação sobre o comportamento das crianças, adolescentes e jovens. No entanto, ela jamais pode substituir a educação do lar.

Allan Kardec nos diz que o ensino é a transmissão de conhecimen-tos, de informações ou de esclarecimentos úteis ou indispensáveis à educação.

Desta frase podemos deduzir que a educação é muito mais ampla que o ensino formal, ao qual as escolas se dedicam.

Ainda, segundo Kardec, o educador real não é somente aquele que fala de uma tribuna como o professor.

Educador é qualquer pessoa que, pelo processo da explicação ou das experiências, procura passar ensinamentos úteis para outra pessoa.

Neste sentido estão incluídos os pais, os avós ou quem, com paci-ência e dedicação consiga, através do entendimento do educando, modificar a conduta deste.

Para educar de verdade não é necessária uma ocasião especial, pelo contrário, a qualquer momento, através da conversa e dos exem-plos, a educação pode ser feita.

Aos casais não faltam orientações de livros, revistas e profissionais dispostos a ajudá-los na educação de seus filhos.

No entanto, vivemos hoje em uma sociedade com numerosos jovens que não se ajustam a regras ou leis, muitos deles delinquen-tes, e nos perguntamos o porquê.

Ao observarmos o crescente distanciamento que os múltiplos afazeres dos pais impõem, bem como o distanciamento que se impõe aos filhos ao dar a eles dias cheios de atividades, começa-mos a entender o que ocorre.

Sem dúvida o modelo de pai e mãe como profissionais é quase irre-versível, pois é uma consequência dos novos tempos.

Mas tal modelo não pode ser uma desculpa para nos esquecermos de uma das maiores responsabilidades que o Criador dá a quem se torne pai ou mãe: a educação.

Se o dia é cheio, que as noites sejam de aconchego. Ao invés de te-levisão, computador ou telefone, a refeição em família na qual se pode comentar o dia e se inteirar das atividades dos filhos demons-trando-lhes amor.

Mesmo cansados, pais que amam dedicam, diariamente, momentos para monitorar tarefas da escola de seus filhos. Em hora adequada, pais dedicados acompanham seus filhos em uma oração antes do me-recido descanso.

Se a semana é de correria, que os fins de semana sejam de paz e harmonia entre a família, com atividades que permitam a convi-vência e o entendimento entre pais e filhos, a fim de adequada-mente educá-los.

Que a tarefa sagrada da educação seja realizada amplamente para que, um dia, possamos responder com tranquilidade à pergunta: O que fizeste dos filhos que a ti foram confiados?

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Redação do Momento Espírita com base no cap. III do livro
A educação à luz do espiritismo,
de Lydienio Barreto de Menezes, ed. Celd
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