A mensagem entendida

Recebida em 18/04/2014


Patrícia sentiu seu mundo desmoronar quando, após onze anos de casamento, seu marido lhe anunciou que tinha dado entrada no di-vórcio e estava saindo de casa.

Seu primeiro pensamento foi para os filhos: o menino tinha apenas cinco anos e a menina, quatro.

As dúvidas a assaltaram. Será que ela conseguiria manter a família unida? Será que conseguiria transmitir-lhes o sentido de família? Será que, criando-os sozinha, conseguiria manter o lar, lhes ensinar ética, valores morais e tudo o mais que eles precisariam para a vida?

O importante era tentar. E ela tentou. Durante a semana, ela ar-ranjava tempo para rever os deveres de casa, discutir a importân-cia de fazer as coisas certas. Nos finais de semana, um programa infalível era levá-los para a evangelização.

Era importante alimentar os seus espíritos com as lições de Deus, Jesus, a Boa Nova.

E assim se passaram dois anos. Num dia das mães foi preparada uma homenagem muito bonita, no templo religioso. Falou-se a respeito da difícil tarefa de ser mãe e do reconhecimento que toda mãe merecia.

Finalmente, foi pedido que cada criança escolhesse, dentre as tan-tas flores que estavam em vasos enfeitados, uma para dar a sua mãe, como símbolo do quanto era amada e estimada.

Os filhos de Patrícia se encaminharam até as plantas. Enquanto es-perava, Patrícia pensava nos momentos difíceis que os três haviam passado juntos.

Olhou as begônias, as margaridas douradas, os amores-perfeitos violetas e ficou a planejar onde plantar o que quer que escolhes-sem para ela. Com certeza, eles trariam uma linda flor, como de-monstração de seu amor.

Todas as crianças já haviam escolhido as plantinhas e ofertado para suas mães, enquanto os filhos de Patrícia continuavam a esco-lher. Pareciam levar a tarefa muito a sério, olhando atentamente cada vaso.

Finalmente, com um grito de alegria, eles acharam algo bem no fundo. Com sorrisos a lhes iluminar os rostinhos, eles avançaram até onde ela estava sentada e a presentearam com a planta que haviam escolhido.

Ela olhou estarrecida. A planta estava murcha, com aspecto doen-tio. Aflita, ela aceitou o vaso que os filhos lhe estendiam. Era óbvio que eles haviam escolhido a menor planta, a mais doente. Nem flor tinha. Ela sentia vontade de chorar.

Mas eles olhavam para a plantinha orgulhosos, sorridentes. Mais tarde, já em casa, Patrícia não se conteve e perguntou:

Por que, em meio a flores tão maravilhosas, vocês escolheram esta flor para me dar?

Ainda orgulhoso, o menino declarou:

Mamãe, é que esta estava precisando de você.

Enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto, Patrícia abraçou seus dois filhos, com força.

Eles acabavam de lhe dar o maior presente de dia das mães que ja-mais poderia ter imaginado.

Todo o seu trabalho e sacrifício, ela reconhecia, não estava sendo em vão: eles estavam crescendo perfeitamente bem e tinham en-tendido a linguagem da renúncia e do amor.

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Não existe uma forma de ser mãe perfeita, mas um milhão delas de ser uma boa mãe.

Esmere-se por ser uma boa mãe o bastante para seus filhos. Sensa-ta para os transformar em homens de bem. Correta para lhes dar os exemplos de cidadania.

Digna para exemplificar a honra e amorosa para lhes falar das coi-sas que não perecem nunca e criam tesouros além da vida materi-al.

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Redação do Momento Espírita
Com base no cap. Flores para o dia das mães, de Patrícia A. Rinaldi,
do livro Histórias para aquecer o coração das mães, ed. Sextante.
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Redação do Momento Espírita

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