Não se deve fazer do amor uma rotina
 
 
Recebi em 02/09/2006

A rotina, sempre será uma ameaça para o amor...
Criatividade é o segredo...
Ósculos e amplexos,
Marcial

 

NÃO SE DEVE FAZER DO AMOR UMA ROTINA
 
Marcial Salaverry           

 

 

Realmente, não se deve fazer do amor uma rotina, pois o Amor é um sentimento cheio de alternativas.  Passa por um sem número de fases, e decididamente vitorioso, é aque-le amor que se sobrepõe a tudo, e vai atravessando os anos sem se abalar com as mo-dificações que ocorrem no físico dos parceiros.

 

Resiste inclusive, a problemas financeiros, de saúde, e muitas vezes até mesmo à morte de um deles.

 

Agora para chegar-se a esse ponto, há que se administrá-lo muito bem.  É necessário haver um sentimento de amizade, de carinho e de respeito muito forte, pois desenten-dimentos sempre surgem, e, para superá-los é necessário que se meçam as palavras, os gestos, pois uma agressão mais forte, seja física ou verbal, pode ser suficiente para terminar um relacionamento.

 

Precisamos sempre estar atentos a pequenos detalhes que vão marcando, pelo caminho, a personalidade de nossa parceria, e precisamos também fazer com que ela perceba os sinais que deixamos.  O interesse tem que ser recíproco, pois é exatamen-te nessas pequenas coisas que irá se formando a base de tudo.

 

Li um pensamento de um amigo, o poeta Edson L. Nascimento, que retrata bem esse aspecto importantíssimo do relacionamento de amor:

 

“O amor é como uma deliciosa fatia de bolo, só damos importância às migalhas que ficam no prato quando o bolo acaba"

 

Quantas vezes eu vi esse filme, quantas vezes, após uma discussão mais séria, após o fim do relacionamento, uma das partes lamentava-se por não ter prestado atenção a certas atitudes de sua parceria, onde ela procurava mostrar que certas atitudes suas não estavam agradando.  Lamentava não ter percebido isso, permitindo assim que a mágoa fosse se avolumando a ponto de causar uma explosão fatal.

 

Por outro lado, um amigo reclamava que sua esposa não lhe dava a devida atenção, não era carinhosa, dizia ele. Apenas ele não notou que ela tinha uma natureza mais fechada, mostrava seu amor e seu carinho cuidando bem da casa, fazendo tudo que ele queria, mas ele  não via nisso um carinho, achando que ela fazia apenas por obrigação. Ora, nem todos têm a mesma natureza expansiva.

 

Nos dois casos acima, o que faltou foi o diálogo, uma conversa mais franca, onde ambos poderiam expor seu ponto de vista, permitindo um entendimento melhor.

 

Outro ponto que implica em algumas separações desnecessárias, é o esfriamento pelo interesse sexual. Por vezes, de uma das partes, por vezes de ambas as partes.

 

Isso nem sempre é indicativo de que o amor acabou.  O que ocorreu, é que a convi-vência rotineira de muitos anos, determinou esse “esfriamento”. Sempre a mesma rotina, muitas vezes, com dia, hora e tempo de duração marcados.  Complica mesmo.

 

O casal sempre deve procurar uma quebra de rotina, uma viagem, uma ida a um motel, muitas vezes até mesmo a aventura de uma transa na praia, ou mesmo no mato.

 

Coisas que possam quebrar a rotina, evitando o “agendamento” das relações sexuais com hora marcada.  Sempre deve haver uma surpresa. A rotina é que muitas vezes provoca o esfriamento.

 

E uma tecla que jamais me cansarei de bater.  Diálogo é o mais importante. Sentindo qualquer problema no ar, conversem, tirem as dúvidas, acertem-se e aceitem-se. É o melhor caminho, não tenham dúvidas.

 

 As migalhas do bolo, tem-se que prestar sempre atenção a elas, porque se o bolo acabar, vão sentir falta dessas migalhas que não souberam degustar...

 

E para completar a receita do bolo, desejo a todos UM LINDO DIA.