É preciso ter sinceridade no relacionamento

Recebi em 14/12/2005

Sinceridade... pode ser questão de interpretação...
Por vezes existe, mas o ciúme pode não deixar vê-la...
Osculos e amplexos,
Marcial

É PRECISO TER SINCERIDADE NO RELACIONAMENTO
Marcial Salaverry
formatado por Thereza Cristina
 
Estava passeando pela praia, e encontrei meu grande amigo L'Inconnu.

Começamos a falar sobre relacionamento entre casais, pois tenho observado que por pequenas questões de orgulho, de machismo, muitos casais acabam por se separar.

L'Inconnu então, disse-me uma frase muito interessante sobre como ele acha que deve ser o relacionamento ideal, para ele, os litigantes, isto é, os conjugues, devem, cada qual,

ser autêntico, sem ser rude;
ser verdadeiro, sem agredir;
ser puro, sem ser servil.

Vamos comentar por partes: Ser autêntico, sem ser rude.

Tem muita gente que interpreta a autenticidade, como impor sua vontade, que é soberana.
Pessoas que se limitam a dizer:
Sou assim mesmo... quem me gostar tem que me aceitar.

Não é bem por aí, pois podemos (e devemos) defender nossos pontos de vista, porém sem agressividade.
Muitos relacionamentos terminam porque uma das partes per-maneceu inflexível em seu ponto de vista, não "dando o braço a torcer" de jeito nenhum, por vezes mesmo sabendo estar errado, procurando "dar uma volta" no assunto, mas nunca admitindo estar errado.
Ora, toda questão tem, pelo menos, dois lados.
Ambos tem que ser analisados.
Se um não arreda pé, está criado o impasse.
A rudeza nas discussões sempre traz resultados altamente ne-gativos.
Há que se usar ponderação.

Ser verdadeiro, sem agredir.
Este ponto ainda é mais determinante que o primeiro.
Se a rudeza não é bem aceita nos acertos, a agressão, seja ela verbal ou física, é pior ainda.

É incrível a facilidade com que as agressões são praticadas, sobretudo, em briga de casais.
E um gesto irrefletido, um insulto mal colocado, pode provocar o fim de tudo.
Sempre devemos pensar bem antes de agredir quem quer que seja.
Não se esqueçam de que toda ação violenta provoca uma rea-ção mais violenta ainda.
E se o problema for entre parceiros, insultos ou agressões fe-rem muito mais ainda.
Há que se usar a ponderação.

Ser puro, sem ser servil.
Esta é o oposto dos anteriores.
Nunca discute.
Nunca argumenta.
Aceita passivamente o que outro lado determina.
A mansidão também é má conselheira, pois a pessoa um dia se sente de tal maneira sufocada, que explode.
E isso também não é bom.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Pessoas assim, por vezes agem muito intempestivamente em suas reações, que sempre são tardias.
Há que se usar a ponderação.

Disso tudo, é fácil deduzir que o que se impõe, é o bom senso, o meio termo.
O meu direito termina onde começa o seu, e vice-versa.
Para que um bom relacionamento sobreviva, é imprescindível ponderação, compreensão, respeito.
Nunca devemos querer impor nosso ponto de vista a ferro e fogo.
Temos que aprender a ouvir o outro lado com isenção de âni-mo, e aprender a ceder quando estamos errados.
Essa é a grande vitória.

Uma coisa que atrapalha muito é o famoso não dar o braço a torcer.
Por que não reconhecer se estamos errados?
Agora, como eu sei que a vontade de vocês "bate" com a minha, dou uma ordem para ser obedecida:
TENHAM UM LINDO DIA.
Música - Innamorata


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