Ser PAI


(Eugénio de Sá)

 

 

Não é do pai o que ao parto concerne

Nem são do pai as dores que o antecedem

Mas dele são os braços que recebem

Aquele que ao mundo vem, como seu cerne

 

E logo esse outro sangue que é o seu

Lhe remexe as entranhas de alegria

E o seu ser se eleva em empatia

Com o maior dos bens que ele elegeu

 

É um novo amor que brota veemente

Fruto de um outro amor primordial

Que se vê reforçado fortemente

Perante essa conseqüência germinal

 

É a missão da vida que começa

A magna prova, aquela crucial

Que um pai logo quer que se entreteça

Com tudo o que é p’ra si causa vital

Formatação:

Susana Custódio

Fundo Musical: Immensity - Ernesto Cortazar

Portugal - Agosto de  2012
 
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