MINHA MÃE
(Oferecida as pessoas que não mais tem mãe)
Sá de Freitas

Há tempo já, não vejo o teu semblante,
Que tinha em si dos Anjos a brandura,
Que expandia a mística ternura,
De um ser bondoso, meigo e aconchegante.

Que saudade do teu olhar brilhante,
Que me envolvia em dúlcida candura,
Do teu sorriso cheio de ventura,
Quando, às vezes, me vias triunfante.

Ah! Mãe! Por que partiste aquele dia,
A levar minha paz, minha alegria,
Ao deixares de vez essa existência?

Bem sei que das algemas te livraste,
Mas no mundo, sofrendo, me deixaste,
Acorrentado à dor da tua ausência.

Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil




Midi: River Of Dreams - Ernesto Cortázar
 
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