Mãe!


Tu foste, mãe, na treva a claridade,
na dor meu riso e na tormenta o norte,
a doce companheira e a consorte
das minhas horas de infelicidade!


Que anjo não foste, toda vez que a sorte
não me sorriu! E com que imensidade
de amor, desvelo e angelical bondade
tu me ensinaste a ser paciente e forte!


E hoje a alegria anda a sorrir nos ares...
é o "Dia das Mães" numa porção de lares
e eu vou fingindo que inda o comemoro!


Finjo, mãezinha, mas em suave jeito
vens doer tão docemente no meu peito,
que eu cerro os olhos... Pendo a fronte... E choro!

Humberto Rodrigues Neto




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