Recebi da Poetisa Rivkah em 29/05/2007



A rocha onde estava,

de fogo se fez e olha eu,

sozinha, pela primeira vez!!

Por que

com aquela temperatura toda,

não me endureci?

Vi e vejo cada pessoa,

um tesouro sem fim!

Nem sei como contar!

Tudo o que estava junto de mim,

vi incandescer e se afastar

e quando procurei, cadê você?

E me vi chorar..

Vejo por diversos prismas,

quando o sol vem me iluminar

e posso lhe garantir que sou amor,

revolta,                                 

alegria,                         

sou tudo mais        

que alguém possa pensar.

Só extraia o medo,

pois desse,

nunca ouvi falar..

 

Dizem que desafio a vida,

mas é coisa

de quem não tem o que pensar!

Acho-a extremamente linda,

amo viver e vivo a sonhar..

Como pedra bruta,

em infinitas tonalidades

posso me colorir,

me redesenhar,

mas quando a saudade

a tudo se junta..

Ah, deixa pra lá!


 
Pedra bruta, pedra bruta
me diz o que tens para contar!
Tens musgo onde nem vento sopra
tens estéril onde sol bate
pedra bruta que me dizes?
Onde a raiz que te faz estalar?
Onde o fio d´água que te faz esfriar?
Pedra bruta te limpo e faceto
faces planas a luz reberveras
Azuis, vermelhos, amarelos, verdes
surgem faiscando de teus planos.
Quem diz que não serás cristalina
Pura no diamante em brilhante,
esmeralda em cor profunda, rubi sanguineo,
turquesa em marinha cor ou outras mais?
Procuro em ti, pedra bruta
o que outros olhos passam, nem notam
ou até recolhem e chutam !
Procuro em ti a obra prima e única
Procuro e certamente acharei
qual a maravilha escondida em teu ser.
mesmo que nenhuma beleza estranha encontre,
farás parte do muro que construo
ou ficarás na gaveta guardada
fruto de uma recordação,
do momento que te encontrei

Henrique Ramalho

 
Fundo Musical: Pontes Cobertas