Recebi da Poetisa Rivkah em 24/12/2005



Que minha parte criança,
apesar de calejada é ainda muito grande,
se negue a uma vida sem emoção,
sem alegria, sem vislumbrar
a um caminho sem esperança,
sem amor, sem amizade, sem compaixão,
a ser escrava da razão!
Do cerebro e não do coração.
Apelo para esse lado
que ultimamente anda tão esquecido,
porque o adulto
esta correndo muito,
anda muito ocupado
escolhendo uma mascara nova diariamente
em disfarçar sua insegurança.
Perante esse mundo injusto.
Não lhe culpo!
Por não mais confiar.
Seus sonhos foram apagados
a ferro e fogo
e não têm o que esperar do futuro..
É o que êle pensa e sente.
Que minha parte criança
que sempre me acompanha,
saiba compreender
e mostrar
os que desistiram,
mas se olharem bem dentro de si
verão uma pequena chama,
pois ao viver,
viram, ouviram e
se feriram e suas lembraças
tão marcadas
são muito difíceis de carregar!
De esquecer,
não precisam sequer fechar os olhos para ver.
Que minha parte criança,
que ainda é tão grande, apesar
mesmo sofrida, se alegre
mas que se recorde 
ao encontrar uma concha
na beira da praia
e jamais se recuse a ouvir o mar.
Coisa que nunca fará, pois sabe quem a Criou.
Que ela prefira seguir sozinha
porém na direção certa,
com a certeza que lá
para onde esta se dirigindo,
adiante vai encontrar
com toda certeza,
uma alma em sintonia
com a minha criança e
que lhe faça companhia
e ambas segurando a concha,
olhando para o oceano e o ceú
unindo-se lá no horizonte
e que ainda ouse sonhar.
Deixando a sua criança vir a tona
e se alegrar com a VIDA
que nos foi Presenteada.
 
rivkahcohen
24.12.05
simonnacohen
24.12.05