Recebi da Poetisa Rivkah em 30/04/2007




Mais,

muito mais

que qualquer dos dias,

neste,

como corri!

Enquanto

minha lágrima descia..

 

Vi inteiro,

quem sequer era meio

e pior, confiei!

Passei coordenadas,

disse hora marcada,

como quem não tem zelo,

entreguei!

 

Se pudesse

me desvencilhar das tralhas,

       ficaria mais leve

e logo lá estava.

Se minhas pernas

soubessem da minha falha,

tinham pressa pra chegar..

 

Não me adiantou

dar a mão ao vento,

Nada estagnou

querer parar o tempo.

 

Queria ser eu,

                na hora H!

Doeu, como me doeu

não ter asas pra voar!

 

Ate hoje tento..

rivkahcohen

 

  Quanto corri ....

    Bernardino Matos.

 

Ah! como corri aflito,

procurando um recurso,

pra apagar o percurso,

de  uma trilha de conflito.

 

Se tivesse percebido,

o tamanho da amargura,

a marca  de tal fissura,

eu não teria sofrido.

 

Eu andava tão carente,

perdido num descampado,

pedindo pra ser amado,

que me tornei displicente.

 

Eu só medi meu amor,

procurei cumplicidade,

achei que minha verdade,

sufocava o desamor.

 

Dei-me conta muito tarde,

o estrago fora feito,

apagar não tinha jeito,

sofri com a inverdade.

 

O tempo não pude parar,

não encontrei um retorno,

não pude fazer estorno,

do esforço de amar.

 

Paguei caro essa opção,

um sofrimento dobrado,

um amargo mal bocado,

um punhado de aflição.

 

Essa lição me fez bem,

senti-me mais vigoroso,

meu amor mais ardoroso,

minha coragem também.

 

E no vai e vem da vida,

numa curva do destino,

parei num amor divino,

pavimentei a corrida.

 

Sem ter asas pra voar,

eu rastreei esse chão,

com a força do coração,

e a vontade de amar.

 

Quantas lágrimas chorei,

quantos murros apliquei,

em mim, que tanto errei,

vencei, porque sempre amei.

 

    Fortaleza, 27/04/07



Fundo Musical: Lichter