Meu grito - Renate Emanuele

É o grito apavorado de quem sofre
Neste caos que leva todos à morte
Está jogada a cartada, nossa sorte
Ganhará o poder da casta "nobre"

Entregue a munição ao imprudente
Do povo retirado com argumentos
Implora as vítimas em sofrimento
Ouvidos tapados, não somos gente

Leis são aplicadas ao povo pequeno
Vítimas desgraçadas da falsa sociedade
Deste gordo governo e sua imoralidade
Que sagaz, não bebe de seu veneno

Amaldiçoado seja pão que não reparte
Este pão que é o suor do povo pobre
E que só farta a mesa do mais nobre
Que o corpo do egoísmo não se farte

É nesta aflição do povo que trabalha
Está o padecer de criaturas inocentes
As mulheres, crianças e adolescentes
As maiores vítimas do governo canalha

Renate Emanuele
São Paulo - SP

Meu eco! - Bernardino Matos

Qual um cão vira-lata, o ser humano,
vagueia faminto pelas calçadas ermas,
vítima do descaso cruel e desumano,
de uma sociedade de almas enfermas.

Aos poucos o jumento que pelo carroceiro,
como meio de transporte era utilizado,
pelo catador de lixo, por inteiro,
foi substituído, um homem brutalizado.

Crianças famintas perambulam pela cidade,
cheirando cola, catando em latas de lixo,
restos de comida, uma calamidade,
que é da irracionalidade o prefixo.

E dizer que somos de Deus a imagem,
que fomos criados à sua semelhança,
como podemos deixar na estiagem,
o amor, a bondade, a bem-aventurança?

É nesta aflição que estamos mergulhados,
é nesse fosso que jogamos os inocentes,
e ao deixarmos seres humanos espezinhados,
nos comportamos como insensatos e dementes.

Está na hora de pormos em prática o legado,
de Cristo, de fazermos do amor a fonte,
de nossa vida, Ele por nós foi crucificado,
entre o temporal e o eterno fez a ponte,


Bernardino Matos
Fortaleza - CE - 01/10/2006




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