Mais uma tarde que se despede lentamente, enquanto 
      o céu vai ganhando as cores da noite 
      Sozinha, aqui no cais, presencio este espetáculo 
      deslumbrante da natureza 
      Meu olhar se perde na imensidão do infinito, 
      enquanto uma suave brisa passeia em meu rosto 
      Esperando você, a saudade acontece... 
      Quero embarcar no seu navio, e com ele, conhecer o 
      seu mundo, desvendar os seus mistérios 
      Viver o sonho de poder, ao seu lado, 
      encontrar um mar só nosso, que guarde em suas 
      profundezas, os nossos segredos, os nossos deslizes... 
      
      
       
      Regina 
      Bertoccelli 
      São Paulo - SP
 
      
       
      
      A tarde, Amor, nunca se despede 
      Simplesmente finge partir para renovar 
      o gosto do renascer 
      É como teu olhar, se disfarça em tristeza para 
      aprisionar meus lábios 
      No cais, nunca estamos sozinhos, 
      nos acompanham sempre os ventos da saudade, as 
      lágrimas dos que se foram 
      ou as estrelas, que de noite se deitam 
      a seus pés, na esperança de melhor 
      entender a vida 
      Cais e infinito se abraçam na 
      extensão do mar 
      É neles que a angústia se inspira para nos envolver 
      nas lacônicas 
      tardes de inverno 
      A música, que melodiosa chega, traz, 
      a cada barco que parte, a confirmação 
      de ilusórias paixões 
      Meu navio, Amor, só tem descarregado 
      antigas amarguras 
      Vale a pena por ele esperar? 
      Nelas me acompanhas sempre, com a 
      certeza absoluta do impossível amor... 
      
       
      Domingos Alicata 
      Rio de Janeiro - RJ - 
      22/09/2005 
		 
		
        
 
Fundo Musical: Ebb Tide 
 
  
      
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