Meninos, cantem uma canção, 
		busquem o exílio, o autoexílio, 
		um pedaço de pão. 
      
       
      
      Meninos, façam uma oração, 
		busquem a moda, façam a roda, 
		dancem no chão. 
      
       
      
      Meninos, lavem as mãos! 
		voltem cedo da escola, a auto escola 
		a cola no chão. 
      
       
      
      Meninos que cor é essa? 
		É sangue... de onde? quem foi? 
		Meninos por favor levantem, 
		não morram meninos, levantem, 
		Voltem mais cedo pra casas, 
		não fiquem por aí ao léu... 
		É sangue... de onde? Quem foi? 
		Voltem mais cedo pro céu.
		Tonho França 
      Guaratinguetá - SP - 2002 
		
		
       
      
       
      Verdadeiro grito 
		de alerta 
		saindo das mãos do poeta! 
		O menino sozinho na vida 
		Não tem afeto nem guarida... 
       
      Onde está o café 
		da manhã 
		almoço com sobremesa? 
		Teria ainda o lanche da tarde 
		um nutritivo jantar... 
       
      Menino de rua 
		te chamam... vadio... 
		Triste é sua sina 
		jogado, um farrapo ao léu... 
       
      Nasceste em lar 
		desfeito 
		não recebeste carinho 
		Marginalizado na sociedade 
		Onde poucos tem tudo 
		a grande maioria nada tem... 
       
      País tão belo e 
		rico 
		minérios em profusão 
		Grandes jazidas escondem 
		preciosidades em ouro e pedras 
		ou vemo-las, brotar pelos caminhos. 
       
      Impostos sobre 
		impostos 
		paga-se por uso e desuso 
		Onde está o dinheiro dessa nação? 
		E você, pobre menino de rua 
		Lhe negam... um pedaço de pão... 
		
		Nadir A. 
      D'Onofrio 
      
      Santos - SP - 08/01/2006 - 13:26 hs. 
      
      
      https://www.nadirdonofrio.com 
		
		
       
      
      
        
		 
		 
		Fundo Musical: Meu irmão 
		
 
		
      
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