Amor que devora, 
	implora... 
	Sempre no cio, 
	sem brio, 
	sem razão... 
	Pura emoção, 
	sentimento latente 
	que arde incessantemente. 
	qual brasa quente. 
	Sentimentos entremeados 
	de virtudes e pecados. 
	Quando se fundem, 
	alcançam a plenitude 
	em toda sua infinitude. 
	Um fogo eterno que se alastra 
	dominando o coração 
	e da razão se afasta. 
	Queima minhas entranhas 
	num desejo sem embaraços 
	em gemidos ofegantes 
	e, assim presa em seus braços, 
	sou escrava e amante. 
	 
	Anna Peralva 
	05/06/2006
 
  
 Um batimento 
assim descompassado, 
apressado 
como se o tempo 
não fosse seu aliado, 
ao contrário 
é considerado inimigo. 
		 
		Um bater de 
pedinte 
como um insano, 
coração de adolescente 
em total desatino, 
um desejo incontido 
de estar sempre ao lado 
tornando esse coração, 
de quem o sente, 
um alucinado dependente. 
		 
		Um ressoar de 
sons 
imaginários e fantasiosos, 
como se pudesse, da música 
assim pautada, 
ser teclada a melodia, 
harmonizando como queria 
com a do outro 
que não sente nada, 
ou, quando muito, 
não a entoa 
na mesma toada. 
Paixão assim 
no amor 
é um desconserto, 
escraviza, humilha 
e nesta 
que pretendeu ser, 
mas acabou numa 
pseudo-redondilha, 
chega à conclusão: 
maltrata o coração 
essa paixão farsante, 
e o amor verdadeiro 
acaba muito antes 
do que devia! 
		 
		Gui Oliva 
		Santos -SP - 
		10/09/2006 
 
        
 
      Fundo Musical: Aime Moi 
 
	
        
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