Indo - Gui Oliva

Também vou como sendo agora esse momento
eu mesma sair assim, de dentro de mim,
sem da vida queixas e suas dores sem lamento,
pois o sementeiro, e depois as podas, formam o jardim.

São vividos ainda e só sessenta, revivendo agora
casualmente, uns tais de dourados anos,
maravilha viver, mas choro nessa hora,
é bom vir para ver... mas deixa os desenganos.

Eu não parto em despedida,
parto de quem pare a vida mais vivida,
sem espiar de lado, só para frente e para trás olhar.

E nesse tempo de ir não vou descolorida,
aceito a alteração da vida... e, precavida
se for, vou assim de um jeito para não voltar.


Gui Oliva
Santos - SP - 12/02/2007

Eu já te alcanço... - Tere Penhabe

Eu já te alcanço, me espere
que a hora é agora, não dá mais para adiar
não há mais espaço em mim, para ficar
no meu céu cansado, as estrelas se apagam...

Encontro-me contigo nos sessenta
dê-me sua mão, esquece, não esquenta
você tem a idade do brilho dos seus olhos
não mais que isso, trinta ou quarenta...

Não há despedida para quem parte pra tanto ainda
para quem o sorriso é tempero do dia-a-dia
para gente como você, Gui, que é tão querida!
Não há nada melhor nessa vida...

Eu sei de tuas cores, nem precisa dizer
você é a própria aquarela do seu ser
e se de repente, eu te ultrapassar, for na frente
te espero contente, pra gente falar de política!

Tere Penhabe

Itanhaém - SP -
14/02/2007
https://www.amoremversoeprosa.com

Gui Oliva e Tere Penhabe - Janeiro/2007



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