Serenata de sonhos - Angelo Sansivieri

No repouso do meu corpo,
paira uma lembrança do vento,
são pétalas de poesia na pele,
que ficou perdido no tempo.

Quando o vento sopra na madrugada,
ele desabrocha em poema,
a pele virgem soprada pelo vento,
te deixa nua, na noite serena.

Na minha serenata de sonhos,
o vento se transforma em vulcão,
exalando o doce perfume,
por quem vive uma grande paixão.

Meu sonho é profundo,
mas sinto todo frescor do vento,
e se o vento sopra sussurrante
como uma brisa morna,
estremecendo os pelos,
a pele que é poesia,
mergulha em desvarios,
e canta para a lua,
seus versos de delírios.

Ainda que esteja inerme,
de um sonho de poesia,
minha pele dorme
nos braços da noite,
enchendo - se de luz e magia.

Angelo Sansivieri

  De amor não morras - Iracema Zanetti

Como pode teu corpo repousar
Se lembranças te trazem o vento
Pétalas de poesia na pele
Não se perdem no tempo!

Oh vento por que sopras na madrugada
Poesias apenas desabrochadas
Deixa-as meu muso cantá-las
Enquanto minha pele virgem o aguarda
E nua entro nos seus sonhos!

Obrigada por me deixares participar
Das tuas serenatas de amor
É minha é nossa a pele que se arrepia
E se enrosca ao sabor do vento!

Acorda de teu sono profundo
Esquece o frescor do vento
Ele sopra sussurrante a te embalar
Pra te seduzir e te enganar!

Finge ser ele que faz estremecer teus pelos
Mas é meu corpo minha pele que te arrepia
Sou eu tua poesia canto para a lua
Meus são os versos delirantes que escutas!

Teu corpo cansado
Aninha-se e protege-se no meu regaço
Enquanto teus sonhos continuam
Não percebes que sou eu tua luz tua magia!

Por favor de amor não morras
Guarde-o todo para mim
Senão de amor eu morro!

Iracema Zanetti

Anterior Duetos Menu Principal